Ulisses

16 Fevereiro 2022, 17:00 Ernesto José Rodrigues

Ulisses na Mensagem pessoana.


O «sábio Grego» (Os Lusíadas, I, 3: 1) ou «facundo Ulisses» (II, 45: 1), «O perdido Ítaco» (II, 82: 1) fundador de Lisboa[1] e pai dos Ulisseus (III, 57, 58), tem mais larga menção em VIII, 4: 5-8, 5: 1-4. É, todavia, representação do mito na Mensagem pessoana: «O mito é o nada que é tudo.» A sintaxe e entendimento das três quintilhas são subtis.

A vida, somente «metade de nada», morre, aqui em baixo; o mito, um nada completo, «é tudo», na existência transfiguradora que damos ao inexistente necessário, o qual nos cria, fecundando realidade, falando-a, acima da mesmidade o «mesmo sol» (grifamos mesmo, para que se sinta a diferença, a novidade) e da mudez do corpo divino morto.