Mente e Corpo (2)

26 Novembro 2020, 08:00 Ricardo Santos

A teoria da identidade mente-cérebro. Serão os fenómenos mentais redutíveis a fenómenos físicos? Razões para duvidar da possibilidade de uma redução completa do mental ao físico. Comparação entre a física e a psicologia ou, em geral, entre ciências naturais e ciências humanas (ou ciências do comportamento), quanto às suas leis, explicações e previsões. O carácter normativo (ou ‘racionalizador’) das explicações psicológicas. O holismo do mental. Uma alternativa à redução do mental: o materialismo eliminativista (Quine, Churchland) e a defesa de um abandono progressivo da ‘psicologia popular’. A questão de saber se existe realmente causalidade mental: as razões (desejos, crenças, etc.) são causas do comportamento? O carácter nomológico da causalidade: onde há causalidade tem de haver uma lei. O paradoxo de Davidson: aparente inconsistência entre o carácter nomológico da causalidade, a existência de interacções causais entre o mental e o físico, e a inexistência de leis psicofísicas estritas. Solução de Davidson: os acontecimentos mentais são acontecimentos físicos, mas essa identidade é identidade entre espécimes (tokens) e não identidade entre tipos. O monismo anómalo como versão não-reducionista da teoria da identidade mente-cérebro. A superveniência do mental. Consequência indesejável: o mental seria um epifenómeno, causalmente irrelevante.