Mundos Possíveis (1)

2 Novembro 2020, 08:00 Ricardo Santos

(1) Introdução às noções modais. Distinção intuitiva entre verdades necessárias e contingentes. Análise de alguns exemplos. A importância das noções modais no pensamento filosófico. Usar “necessário” como primitivo e definir “impossível”, “possível” e “contingente”. (2) Algumas noções básicas de lógica modal. Os operadores modais: a caixa e o diamante; sua semelhança com a negação. Interdefinibilidade da caixa e do diamante. Os operadores modais não são verofuncionais. Alguns princípios lógicos elementares. As modalidades iteradas. (3) A filosofia da modalidade como investigação multidisciplinar: lógica, epistemologia e metafísica. A questão central da metafísica da modalidade: qual é o fundamento objectivo das verdades necessárias? Há algo na realidade que corresponda à diferença entre verdades necessárias e contingentes? (5) O cepticismo modal dos antigos megáricos e a sua crítica por Aristóteles. A importância da distinção entre acto e potência para explicar a mudança. A tese megárica de que só o actual é possível, e as suas consequências fatalistas. A crítica aristotélica.

A questão central da metafísica da modalidade: Qual é o fundamento objectivo das verdades necessárias? Como explicar o carácter especial dessas verdades? A visão de Hume sobre as relações causais e, em geral, sobre as conexões necessárias. A distinção kantiana entre juízos analíticos e sintéticos. A caracterização kantiana das verdades analíticas é insatisfatória. Nova definição de analiticidade: verdades analíticas são verdades demonstráveis a partir das leis da lógica e de definições apropriadas dos termos que nelas ocorrem. A resposta convencionalista à questão central inicial: o que torna as verdades necessárias especiais é a sua analiticidade, ou seja, o serem verdadeiras somente em virtude do significado dos seus termos. A crítica de Quine à distinção entre o analítico e o sintético. O holismo epistemológico.