Tempo (2)

29 Outubro 2020, 08:00 Ricardo Santos

Um problema epistémico para a teoria do bloco crescente: como podemos saber que agora é o presente objectivo (i.e., a última fatia do bloco temporal)? Aparentemente, o mais provável é que estejamos algures no passado. A réplica do ‘passado morto’: o facto de estarmos conscientes prova que estamos no presente; se estivéssemos no passado, não teríamos estados mentais conscientes, seríamos zombies. Discussão desta réplica.

A relatividade da simultaneidade pode ser usada como prova de que existem tempos e acontecimentos futuros. A perspectiva eternista: todos os tempos são igualmente reais; “passado”, “presente” e “futuro” são indexicais; o tempo é como o espaço. Será possível viajar no tempo? Podem ser descritas formas paradoxais de viagens para o passado, em que o viajante faz algo de onde resulta necessariamente a sua inexistência no momento da partida; por exemplo, o viajante comete auto-infanticídio.