O bestiário clariceano. A epifania na obra de Clarice Lispector
29 Abril 2019, 10:00 • ALVA MARTINEZ TEIXEIRO
Análise do conto "O crime do professor de matemática".
O bestiário clariceano. A figura do animal e a rutura simbólica e perturbadora com os valores convencionais e refratários do animal literário. A banalidade do bestiário (Gilbert Durand).
O conto “Uma galinha”: os processos de modelagem do ser humano e do animal e a contaminação recíproca.
A condição animal do humano e a condição humana do animal: dois alicerces da reflexão clariceana relativamente aos percalços da vida intensamente vivida e do risco apavorante da morte. O simbolismo animal: uma rutura perturbadoras.
A epifania clariceana: o instante existencial de revelação. Um saber imediato arraigado à perceção em estado bruto. Os conceitos de ‘iluminação profana’ (Walter Benjamin) e de ‘estado de graça’ (João Camilo Pena).
O conto "Amor" e a condição feminina na escrita clariceana. O segundo sexo de Simone de Beauvoir: as funções limitadas que a sociedade atribui à mulher e a impossibilidade de uma existência profunda, da contemplação da situação humana.Bibliografia:
AA.VV. (1998): Clarice Lispector: a narração do indizível (Porto Alegre: Artes e Ofícios).
BEAUVOIR, Simone (2009): O segundo sexo (Lisboa: Quetzal).
LIMA, Luciano Rodrigues (2009): Clarice Lispector comparada: narrativas de conscientização em Clarice Lispector, Virginia Woolf, Susan Glaspell, Katherine Mansfield e A. S. Byatt (Salvador: Edufba).