O formalismo e o universalismo estético de "Claro enigma"

3 Abril 2019, 10:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Claro enigma ou Fazendeiro do ar: as obras unidas por um sentido superior de arte e a procura de um forte universalismo estético e reflexivo. <!--

O tema da linguagem e da criação poética na poesia de Carlos Drummond de Andrade.

A poesia reflexiva e metafísica de "Claro enigma".

A presença de elementos clássicos sob a perspetiva moderna da condição desenganada do homem.

A mescla de estilos derivada desse desengano: a perspetiva clássica de recusa da poética do quotidiano e a moderna postura metafísica da crise do racionalismo e do antropocentrismo clássicos.

Análise e comentário das caraterísticas referidas na aula anteior a partir da leitura da poética lúcida e lúdica de "Oficina irritada". A conceção da poesia moderna de Drummond à luz do estudo de Hugo Friedrich. A incompreensibilidade, a tensão e a dissonância. A poética do inacabado, do imperfeito presente no poema.

A negação irónica de certos princípios da poiesis clássica.

 

 

Bibliografia:

BAPTISTA, Abel Barros (2006): "Posfácio" in ANDRADE, Carlos Drummond: Claro enigma (Lisboa: Cotovia, Col. 'Curso Breve de Literatura Breve', 8).

CAMILO, Vagner (2001): Drummond. Da rosa do povo à rosa das trevas (São Paulo: Ateliê Editorial).

GLEDSON, John (1981): Poesia e poética de Carlos Drummond de Andrade (São Paulo: Livraria Duas Cidades).