A lucidez poética de Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade
27 Março 2019, 10:00 • ALVA MARTINEZ TEIXEIRO
"Momento num café" de Manuel Bandeira. A estampa do mecanicismo da vida moderna e a vontade crítica e preocupada do sujeito com a condição humana e com a cegueira da sociedade moderna relativamente aos problemas do homem satisfeito com a sua superficialidade. A dor e a precariedade ontológica. A incomum reversão do dualismo corpo/alma. O tempo poético:
chronos vs.
kairos.
A maturidade, a liberdade e a distância das imposições modernistas na obra "Lira dos cinqüent'anos". A mudança na visão da morte na poética bandeiriana.
A capacidade de assimilar múltiplas influências literárias, de conservar um equilíbrio entre a estética antiga e a nova e a fidelidade a uma sensibilidade própria e incomum. O espetáculo do mundo e o tratamento subtil dos temas universais na poesia do quotidiano.
A poesia social e a poesia metafísica de Carlos Drummond de Andrade. A perspetiva oblíqua do eu lírico na obra do poeta mineiro.
A poética do 'gauche'. Breve análise do «Poema das sete faces» e «José».
Bibliografia:
AA.VV. (1987): Manuel Bandeira: verso e reverso (São Paulo: Queiroz).
PONTIERO, Giovanni (1986): Visão geral de sua obra (Rio de Janeiro: José Olympio).