Programa, Bibliografia e Avaliação - Métodos e Práticas em Arqueologia

25 Janeiro 2021, 16:13 Mariana Teodósia de Lemos Castelo Branco Diniz

FACULDADE DE LETRAS DE LISBOA - DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

ANO LECTIVO DE 2020/2021 - 2º SEMESTRE

LICENCIATURA EM ARQUEOLOGIA - MÉTODOS E PRÁTICAS EM ARQUEOLOGIA

DOCENTE: MARIANA DINIZ

 

 

1. A NATUREZA E O ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE ARQUEOLÓGICA

1.1.Quadro Legal e Tutelas. Lei de Bases do Património Cultural. Regulamento dos Trabalhos Arqueológicos.

1.2. Os Contextos da Acção. As distintas arqueologias, em conjunto ou em confronto? A amplitude do campo temático.

1.3. Categorias de trabalhos: A,B,C,D - a construção de projectos de investigação e de valorização; acções de salvaguarda e acções de emergência; recomeçar outra vez.

1.4. Estudos de Avaliação de Impacto, Acções de minimização, estudos prévios, Planos Directores Municipais. Protecção do Património – meios, mecanismos e sanções.

 

 

2. MÉTODOS DA ARQUEOLOGIA: ETAPAS PRÉVIAS – Categoria A – Projectos de investigação

2.1. A definição de problemáticas. A constituição da equipa – potencialidades e limites da transdisciplinariedade. Meios logísticos e financeiros.

2.2. Recolha de informação ou o “estado da arte”. Fontes bibliográficas, cartográficas e a WWW (b-on; academia-edu, etc.). A leitura crítica dos dados.

2.3. A construção de projectos: o design da investigação. 

 

3. MÉTODOS DA ARQUEOLOGIA: ETAPAS PRÉVIAS

3.1. Recolha de dados em museus: revisão e/ou estudo de colecções antigas. O “estado da arte.”

 

4. MÉTODOS DA ARQUEOLOGIA: INTERVENCÕES NO TERRENO (I) - A PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA -

4.1. Os objectivos da prospecção, a definição de áreas de análise.

4.2. Os dados prévios: análise fotográfica e cartográfica. Dinamismo da paisagem e paleo-ambientes.

4.3. Prospecção integral e por amostra. Critérios de amostragem: sistemática; aleatória e condicionada. Possibilidades e limites da amostra. Métodos de prospecção: tele-detecção, fotografia aérea; prospecção geo-física e geo-magnética; prospecção superficial.

4.4. Construção de fichas de prospecção. A identificação e caracterização de um sítio.

4.5. Os materiais e estruturas de superfície. Recolha, tratamento e interpretação da informação.

4.6. Apresentação de resultados. A utilidade científica e social da informação. As ferramentas de Gestão e Ordenamento do Território. Cartas Arqueológicas.

 

5. MÉTODOS DA ARQUEOLOGIA: INTERVENCÕES NO TERRENO (II) - A ESCAVAÇÃO

5.1. O sítio. A equipa. O método de escavação; método Wheeler - a utilização de banquetes, as possibilidades e limites da leitura diacrónica de um espaço; O método open-area - para uma reconstituição total do passado. Estratigrafia. Estruturas. Artefactos e Ecofactos. Contextos da acção e processos pós-deposicionais. Condicionantes da Arqueologia contratual – uma escavação à área e cota de afectação.

A escavação de necrópoles. A Arqueologia subaquática.

 

6. MÉTODOS DA ARQUEOLOGIA: INTERVENCÕES NO TERRENO (III) - REGISTAR A INFORMAÇÃO

6.1. O caderno de campo, as fichas de registo. As coordenadas de referência, a recolha digital de dados. Plantas e cortes: desenho, fotografia e fotogrametria. A matriz de Harris.

6.2. As amostras para laboratório. Crivagem e flutuação. Laboratórios de campo.

 

7. MÉTODOS DA ARQUEOLOGIA: GERAR E GERIR A INFORMAÇÃO.

7.1.Arqueometrias e Arqueociências – os inquéritos pluridisciplinares (e.g. Análises isotópicas; ADN antigo; Traceologia). 7.2. Das Tecnologias de Informação Geográfica ao campo das Digital Humanities. A Arqueologia Experimental.

 

8. MÉTODOS DA ARQUEOLOGIA: APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS

8.1. Elaboração de um relatório, a preparação de artigos ou monografias. Posters e comunicações.

8.2. O estudo de materiais, a síntese da informação. Tipologias e critérios de classificação. 8.3. A gestão/armazenamento da informação: bases de dados; arquivos e depósitos. Inventários e bases de dados. Políticas de reserva e de descarte.

8.3. O Passado e o Público. O passado finito – as problemáticas da preservação. O sítio, o museu, os públicos.

 

COMO CONCLUSÃO

A missão e a rentabilidade e a responsabilidade social da Arqueologia.

 

 

Janeiro de 2021

 

 

 

Bibliografia on-line (algumas sugestões)

 

 

A quick guide to archaeological excavation. University of Leicester.

https://www.yac-uk.org/userfiles/file/YAC_Leaders_Weekend_Fieldwork_Guides.pdf

 

 

ALMEIDA, M.J. (2008) - "Avaliação de Impactes e Património Cultural: que papel para o arqueólogo e para o património arqueológico?", Praxis Archaeologica 3, 2008: 161 - 166.

 

ARCHAEOLOGICAL FIELD TOOLS AND METHODS

http://zagoraarchaeologicalproject.org/the-project/archaeological-field-tools-and-methods/

 

BATAYNEH, A.  (2011) - Archaeogeophysics–archaeological prospection – a mini review.

J. King Saud Univ. Sci., 23 (1) pp. 83-89. 10.1016/j.jksus.2010.06.011

 

 

BRANCO, G., ROCHA, L. (2017) - Gestão do património arqueológico em intervenções de minimização e salvaguarda in Atas do II Congresso da Associação dos Arqueólogos Portugueses, Lisboa.

 

BUGALHÃO, J. 2011 - Os desafios da Arqueologia portuguesa nas últimas décadas. Arqueologia e História, 60-61, Dossier “Materiais para um Livro Branco da Arqueologia Portuguesa”, Associação dos Arqueólogos Portugueses, p. 19-43.

 

DINIZ, M., NEVES, C., MARTINS, A., CARVALHO, D., & ARNAUD, J. M. (2018 (2016)). Papéis, funções e disfunções do património arqueológico: o caso do povoado calcolítico de Vila Nova de São pedro (Azambuja/Portugal). Arqueologia & História, 68 169-180.

 

GRANT, J., GORIN, S., FLEMING, N. (2015) - The Archaeology Coursebook -  
An Introduction to Themes, Sites, Methods and Skills. Routledge https://www.academia.edu/35239328/Grant_et_al_The_Archaeology_Coursebook_pdf

 

MASCHNER, H.  (2005) – Introduction. In H. Maschner e C. Chippindale (eds.) - HANDBOOK OF ARCHAEOLOGICAL METHODS. I, Altamira Press.

 

 

Bibliografia de base

 

ALMEIDA, M.J. (2008) - "Avaliação de Impactes e Património Cultural: que papel para o arqueólogo e para o património arqueológico?", Praxis Archaeologica 3, 2008: 161 - 166.

 

BALME, J., Paterson, A. (eds.) (2014) – Archaeology in Practice: a student guide to archaeological analyses. Wiley Blackwell. (BFLUL). 

 

BARKER, P. (2003) – Techniques of Archaeological Excavation. London: Batsford.

 

CARANDINI, A. (1991) - Storie dalla Terra - Manuale di scavo archeologico. Torino: Eunaudi.

 

CARVER, M. (2009) – Archaeological Investigation. Londres: Routledge. (BFLUL). 

 

DOMINGO, I., BURKE, H. e SMITH, Cl. (2007) – Manual de campo del arqueólogo. Barcelona: Ariel.

 

HARRIS, I. (1991) - Principios de estratigrafía arqueológica. Barcelona: Editorial Crítica.

 

MASCHNER, H., CHIPPINDALE, C. (eds.) (2005) - Handbook of Archaeological Methods. Lanham: Altamira. (BFLUL). 

 

RENFREW, C., BAHN, P. (2006) - Archaeology: Theories, methods and practice. Londres: Thames and Hudson. (BFLUL). 

 

ROSKAMS, S. (2002) – Excavation. Cambridge: CUP. (BFLUL). 

 

WHEELER, M. (1966) - Archaeology from the earth. Londres: Penguin Books.

 

http://www.saa.org/ForthePublic/Resources/EducationalResources/ForEducators/ArchaeologyforEducators/MethodsofGatheringData/tabid/1347/Default.aspx

 

 

Direcção Geral do Património Cultural (DGPC)

www.patrimoniocultural.pt/

Portal do Arqueólogo

Regulamento dos Trabalhos Arqueológicos (RTA)

https://dre.pt/application/conteudo/58728911

Projecto de Investigação Plurianual em Arqueologia (PIPA)

http://www.patrimoniocultural.pt/static/data/patrimonio_arqueologico/circular_n_1.pdf

Laboratório de Arqueociências

http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/patrimonio-arqueologico/laboratorio-de-arqueociencias-larc/

 

 

Métodos de Avaliação

 

A avaliação, nesta disciplina, é obtida a partir dos seguintes elementos:

 

- uma prova presencial escrita (teste) – a realizar no final do semestre; (50%)

 

- um trabalho de grupo, em formato e tema a definir; e apresentação oral - (40%)

 

- assiduidade, atitude e participação - (10%).