Anúncios

Reunião intercalar - Trabalhos de Grupo

12 Novembro 2021, 14:52 Mariana Teodósia de Lemos Castelo Branco Diniz

No dia 16 de Novembro - terça-feira:

- todos os grupos devem entregar, em papel:
- folha de rosto - com tema/título do trabalho em curso; nomes dos membros do grupo;
- Índice - tão pormenorizado quanto possível;
- Bibliografia - referência por ordem alfabética de todos os títulos já recolhidos para realização do trabalho
 



Programa, bibliografia de base, critérios de avaliação

11 Outubro 2021, 12:05 Mariana Teodósia de Lemos Castelo Branco Diniz

Faculdade de Letras de Lisboa – Departamento de História

Licenciatura em Arqueologia - Ano Lectivo 2020/2021

Pré-História das Sociedades Camponesas - 1º Semestre

Docente: Mariana Diniz

 

Programa e bibliografia de base

 

1. Pré-História das Sociedades Camponesas: metodologias de análise e perspectivas de investigação

A Pré-História das Sociedades Camponesas – Tempo e Espaço de um campo transdisciplinar de investigação. O papel das ciências exactas e da natureza: cronologia absoluta - 14C e dendrocronologia; reconstituições paleo-ambientais; arqueozoologia, antropologia física, isótopos e ADN antigo. O lugar das ciências sociais e humanas: as analogias etnográficas e a reconstituição de modelos culturais. Sítios, artefactos, ecofactos e contextos.  

 

RENFREW, C., BAHN, P. (2016) - Archaeology: Theories, methods, and practice. Londres: Thames and Hudson. (Biblioteca FLUL)

 

RENFREW, C., BAHN, P. (Eds.) (2014) – The Cambridge World Prehistory. Cambridge: Cambridge University Press. 3 vols. (Biblioteca do ICS – versão electrónica)

 

 

2. A Pré-História das Sociedades Camponesas: o quadro cultural prévio. o Mesolítico (12.000-7000/4000 AC).

Alterações climáticas e a criação das paisagens holocénicas. Caçadores-recolectores – a leitura antropológica e os dados arqueológicos. Os caçadores-recolectores do pós-glaciar: alterações ambientais e respostas culturais. Os contextos mesolíticos: definição de conceitos e enquadramento crono-cultural. A criação das economias de amplo espectro. Análises de Isótopos, dietas e mobilidade. Os Concheiros Mesolíticos: habitats e necrópoles: estruturas, artefactos e ecofactos. O Mesolítico do Atlântico Norte, da fachada mediterrânea e no cruzamento, a Península Ibérica.

 

COLONESE, A., MANNINO, A., BAR-YOSEF MAYER, D.E., FINLAYSON, F.D., LUBELL, D., STINER,M. (2011) - Marine mollusc exploitation in Mediterranean prehistory: An overview. Quaternary International, Volume 239, Issues 1–2, p. 86-103. https://doi.org/10.1016/j.quaint.2010.09.001

 

GUTIÉRREZ-ZUGASTI,I., ANDERSEN, S. H., ARAÚJO, A.C., DUPONT, C., MILNER, N., MONGE-SOARES, A. (2011) - Shell midden research in Atlantic Europe: State of the art, research problems and perspectives for the future. Quaternary International 239 doi:10.1016/j.quaint.2011.02.031 (Disponível on-line)

 

OTTE, M. (2009) - The Paleolithic Mesolithic transition. In M. Camps, P. Chauhan (eds.), Sourcebook of Paleolithic Transitions. DOI 10.1007/978-0-387-76487-0_35. (Disponível on-line)

 

 

3. As Revoluções Neolíticas: os modelos explicativos e as variáveis da mudança (12.000-7000 AC).

A emergência das sociedades agro-pastoris no Próximo/Médio Oriente: cronologia, geografia e materiais de uma história de domesticação. Os antecedentes: os contextos do Natufiense e os grandes santuários do alto Eufrates: Nevali Core e Gobekli Tepe. As fases do processo: “PPNA”, “PPNB”, Neolítico Pleno. Artefactos e ecofactos da Revolução Neolítica. O campo dos símbolos: espaços rituais, espaços domésticos e rituais funerários: Jerico. Ain Ghazel, Catal Huyuk. Modelos explicativos e dados arqueológicos.

 

ZEDER, M. (2011) - The Origins of Agriculture in the Near East. Current Anthropology, 52(S4), S221-S235. Doi:10.1086/659307

 

PRICE, T.D., BAR-YOSEF, O. (2011) - The Origins of Agriculture: New Data, New Ideas. Current Anthropology. 52, S4, p. S163-S174

 

DIETRICH, O., HEUN, M., NOTROFF, J.,SCHMIDT, K., ZARNKOW, M. (2012) - The role of cult and feasting in the emergence of Neolithic communities. New evidence from Gobekli Tepe, south-eastern Turkey. Antiquity 86, p. 674–695.

 

HODDER, I. (2011) - The Role of Religion in the Neolithic of the Middle East and Anatolia with Particular Reference to Çatalhöyük. Paléorient, 37-1, p. 111-122.

 

3A. O Neolítico: a expansão das economias produtoras: modelos explicativos e dados arqueológicos

A expansão para Ocidente e os fenómenos de neolitização do Sudeste Europeu, da Europa Central, e da Europa Mediterrânea. ADN e migrações; a corrente “LBK” e a corrente “Cardial”. As novas arquitecturas domésticas e as novas paisagens sociais, entre migrantes e indígenas: os recintos de fossos, confrontos e violência.  A introdução de novos alimentos – o papel do leite. Estratégias de implantação no espaço, sub-sistemas económicos artefactos e ecofactos. A introdução de novos alimentos – o caso do leite.  O papel dos caçadores-recolectores no processo de Neolitização: resistência e adesão – o extraordinário caso de Lepenski Vir. E, na outra margem do Mediterrâneo: o Neolítico do Magreb. Os longos circuitos da obsidiana.

BICLKE, P. (2016) - Varied Mobility in the Neolithic: The Linearbandkeramik on the move. Moving On. In Neolithic Studies: understanding mobile lives, p. 14-27. Oxbow books.

 

BORIC, D. (2005). Deconstructing essentialisms: Unsettling frontiers of the Mesolithic-Neolithic Balkans. (Un)settling the Neolithic. 16-31.

https://www.researchgate.net/publication/298105165_Deconstructing_essentialisms_Unsettling_frontiers_of_the_Mesolithic-Neolithic_Balkans/citation/download

 

BORIC, D. (2019). Lepenski Vir Chronology and Stratigraphy Revisited. Starinar. P. 9–60.

 

CURRY, A. (2013) - Archaeology: The milk revolution. When a single genetic mutation first let ancient Europeans drink milk, it set the stage for a continental upheaval. Nature, 500:7460. https://www.nature.com/news/archaeology-the-milk-revolution-1.13471

 

FREUND, K. (2018) -  A long-term perspective on the exploitation of Lipari obsidian in central Mediterranean prehistory. Quaternary International, 468, Part A, p. 109-120

 

GUILAINE, J., MANEN, C. (2005) - From Mesolithic to Early Neolithic in the western Mediterranean. WHITTLE A., CUMMINGS V. (eds.) Going over: The Mesolithic-Neolithic Transition in the North-West Europe, 2005, Cardiff, United Kingdom. Oxford University press, pp.21-51, 2007, Proceedings of the British Academy, 144.

 

MALONE, C. (2015). The Neolithic in Mediterranean Europe. In J. Harding, C. Fowler, & D. Hofmann (Eds.), The Oxford Handbook of Neolithic Europe (Oxford Handbooks in Archaeology). Oxford University Press. http://ukcatalogue.oup.com/product/9780199545841.do

 

ZVELEBIL, M. (1996) – The Agricultural Frontier and the Transition to Farming in the Circum-Baltic Region. In HARRIS, D., ed. - The Origins and Spread of Agriculture and Pastoralism in Eurasia. Londres: University College of London, p. 323-345.

 

4. O Megalitismo: arquitecturas, rituais, objectos e sistemas simbólicos

Megalitismo: definição do conceito e coordenadas espácio-temporais. Construções para mortos e para vivos, nas primeiras sociedades agro-pastoris: o significado das arquitecturas, dos rituais, dos objectos e dos sistemas simbólicos. Modelos explicativos e dados arqueológicos. O lugar dos antepassados e as estratégias de domesticação social dos territórios. Arqueoastronomia e os ciclos do quotidiano. Alguns núcleos megalíticos – no Atlântico, a Bretanha, as e as ilhas Britânicas. No Mediterrâneo, as ilhas de Malta e da Sardenha. No encontro de dois mundos: a Península Ibérica.

JOUSSAUME, R. (1985) - Les dolmens pour les morts : les mégalithismes a travers le monde. Paris: Hachette (Biblioteca da Ajuda)

 

LAPORTE, L., JALLOT, L., SOHN, M. (2011) -  Mégalithismes en France: nouveaux acquis et nouvelles perspectives de recherche. Gallia Préhistoire – Préhistoire de la France dans son contexte européen, CNRS Éditions, 53, p.289-334. ff10.3406/galip.2011.2490ff. ffhal-02343414f

 

MAGLI, G. (2009) - Mysteries and Discoveries of Archaeoastronomy. https://www.springer.com/br/book/9780387765648 p.13-46

 

RENFREW, C. (1990) - Before Civilization: The Radiocarbon Revolution and Prehistoric Europe. A Penguin book.

 

SÁNCHEZ-QUINTO, F. ET AL., (2019)- Megalithic tombs in western and northern Neolithic Europe were linked to a kindred society. PNAS 116 (19), 9469-9474. https://doi.org/10.1073/pnas.1818037116

 

SCARRE, C. (2010) Rocks of ages: tempo and time in megalithic monuments. European Journal of Archaeology.13 (2). p 175-193. http://dx.doi.org/10.1177/1461957110370731

 

SHERRATT, A. (1990) - The Genesis of Megaliths: Monumentality, Ethnicity and Social Complexity in Neolithic North-West Europe. World Archaeology 22, No. 2, Monuments and the Monumental, p. 147-167.

 

5. O Calcolítico - a Emergência das Sociedades Agro-Metalúrgicas e as Vias da Complexificação Social

O Calcolítico ou os fenómenos de complexificação social, do 4º e 3º milénios, no espaço europeu. A Revolução dos Produtos Secundários, novas tecnologias e novos artefactos, intensificação económica e impacto ambiental, os sinais da hierarquização social, nos espaços domésticos e nas necrópoles. Recintos e povoados de fossos, sítios e povoados fortificados, arquitecturas funerárias e simbólicas: a complexidade dos dados arqueológicos.

A metalurgia do cobre. Redes de troca e de circulação – escalas, mobilidades e materiais. Em meados do 3º milénio, o fenómeno campaniforme e o colapso das sociedades calcolíticas (?), os dados do ADN, os sítios arqueológicos e os modelos explicativos dos novos cenários sociais.

 

DOLFINI, A. (2013). The Emergence of Metallurgy in the Central Mediterranean Region: A  New Model. European Journal of Archaeology, 16(1), 21-62.

 

GREENFIELD, H.J. (2010) - The Secondary Products Revolution: the past, the present and the future. World Archaeology.42: 1, p. 29 – 54. DOI: 10.1080/00438240903429722

LEMERCIER, O. (2012) - Interpreting the Beaker phenomenon in Mediterranean France: An Iron Age analogy. Antiquity, 86(331), 131-143. doi:10.1017/S0003598X00062505

 

MARCINIAK, A. (2011) - The Secondary Products Revolution: Empirical Evidence and its Current Zooarchaeological Critique J World Prehist. 24: 117-130. https://doi.org/10.1007/s10963-011-9045-7

 

SCHIER, W. (2014) - The Copper Age in Southeast Europe – historical epoch or typo-chronological construct? In Schier, Wolfram / Draşovean, Florin (Hrsg.): The Neolithic and Eneolithic in Southeast Europe; New approaches to dating and cultural Dynamics in the 6th to 4th Millennium BC / hrsg. von Wolfram Schier… . Rahden/Westf.: Leidorf 2014 (Prähistorische Archäologie in Südosteuropa ; Bd. 28)p. 419-435

 

SHERRATT, A. (1981) - Plough and pastoralism: aspects of the Secondary Products Revolution. In: I. Hodder/G. Isaac/N. Hammond (eds), Patterns of the Past (Cambridge 1981), p. 261–306.

 

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

 

A avaliação, nesta disciplina, será obtida a partir da conjugação dos seguintes elementos:

- Uma prova presencial escrita (teste) – c. 50% da nota final;

- Um trabalho de grupo, a apresentar oralmente nas aulas práticas e sob a forma escrita no final do semestre – c.40% da nota final;

- Assiduidade, atitude e empenho – c. 10% da nota final.

NB. – Quando o resultado do teste final de avaliação, presencial escrito, for igual ou inferior a 7 valores, o cálculo da nota final não segue esta grelha e a aprovação nesta disciplina dependerá da realização do exame final.

 

Mariana Diniz

Lisboa, Outubro de 2021