A Planetarização marítima global s. XV-XVII: em torno das categorias de Espaço-Tempo

7 Fevereiro 2019, 10:00 Luís Filipe Sousa Barreto

Aula 4

07-02-201

 

Para todos (Europeus, Asiáticos, Africanos, Americanos) novos tempos e novos espaços de conexão global nos séculos XVI e XVII. O nascimento de campos de interação transcultural assentes em redes globais interoceânicas. Os espaços globais transculturais que nascem nos litorais do Pacífico/Atlântico/Índico e os efeitos no comércio internacional de longa distância (também efeitos no consumo, nas ideias, nas línguas, finanças, modos de sentir e ver o Corpo ou o Divino).

A interação global vai gerando mistura, adaptação, imitação. Crescentes relações transculturais geram alargamento de informação e de mercado mas, também, tipos de fusão. Exemplos concretos nos portugueses filhos de mãe Asiática, nos híbridos e imitações dos navios ao mobiliário.

As transferências são sempre adaptações (os casos das armas de fogo e relógios da Alemanha via portugueses no Japão).

Os recém chegados dos Mares Ocidentais (portugueses, espanhóis, holandeses, ingleses) devem obedecer às regras diplomáticas, internacionais, transculturais: caravelas e naus nos mundos dos juncos. Os canhões de bordo (falcão) como auxiliar do próprio comércio intra e interasiático.

 

Bibliografia Específica de Estudos:

 

Davids, Karel – Religion, Technology, and the Great and Little Divergences: China and Europe Compared, c. 700-1800, Leiden, Brill, 2013

 

Hyunchee, Park – Mapping the Chinese and Islamic Worlds: Cross-Cultural Exchange in Premodern Asia, Cambridge, C. U. Press, 2012

 

Ptak, R. T. – China and the Asian Seas: Trade, Travel and Visions of the Other (1400-1750), Londres, Variorum, 1998

 

Raaflaub, Kurt (ed.) – Geography and Ethnography: Perceptions of the World in Pre-Modern Times, Oxford, Blackwell, 2010

 

Smith, Richard L. – Premodern Trade in World History, N. Iorque, Routledge, 2009