A transformação da escravatura e do tráfico de escravizados no contexto das redes comerciais intra-africanas e atlânticas das percepções das sociedades envolvidas
2 Março 2021, 16:00 • José Augusto Nunes da Silva Horta
1. Estruturas políticas e sociais e da Senegâmbia: sociedades de poder centralizado versus descentralizado ("leaders" vs. "rulers"); influência das instituições mandé; hierarquias/estatutos sociais. A dinâmica das redes mercantis: trânsito de mercadorias, trânsito de ideias religiosas e padrões artísticos (o exemplo da rede Biafada-Sapi).
Conclusão do comentário aos capítulos de George Brooks.
2. Da prevalência da escravatura e de tráfico (este no Norte da Senegâmbia) no âmbito da rede transariana ao contexto atlântico da escravização e do tráfico de escravizados da Senegâmbia. A produção de escravos e os seus contextos. As "teses" de Walter Hawthorne sobre as regiões e sociedades de proveniência dos escravizados do Mundo Atlântico; as motivações dos escravizadores e traficantes; a relação entre a tipologia social e política e a produção de escravos. Os "Rios de Guiné" enquanto contexto ecológico e de socialização: espaços económicos e de trabalho, de escravização e de refúgio. O crescimento do tráfico no contexto das transformações político-religiosas regionais. O papel relativo das reconfigurações políticas do Noroeste Africano, nomeadamente resultantes dos movimentos de jihad. O papel dos raids, raptos e julgamentos por bruxaria nas zonas fluviais mais próximas da costa atlântica. A percepção local do poder dos "Brancos", e dos escravizadores e traficantes em geral, como "witches".
Texto em discussão:
- Walter Hawthorne, From Africa to Brazil: Culture, Identity, and Atlantic Slave Trade, 1600-1830. Capítulo "Slave Production", pp. 61-96