Destruir, transformar e reconstruir para manter: um século alucinante (235-337).

25 Fevereiro 2021, 17:00 Rodrigo Furtado

I.                O que marca a ‘crise do século III’?

1.     As ameaças externas:

1.1   Os Abássidas: Ardashir I (224-242) – o ataque à Mesopotâmia, à Arménia e os raides pela Síria. A incapacidade de resposta romana: Severo Alexandre. A humilhante derrota de Valeriano na batalha de Edessa (260).

1.2   A pressão germânica no Reno-Danúbio: Francos, Alamanos, Hérulos, Godos. A incapacidade da resposta romana: Severo Alexandre. A derrota de Décio em Abrito (Mésia Inferior).

 

2.     O problema sucessório.

2.1   Como? Quem sanciona? Quem pode ser escolhido? Onde?

2.2   26 imperadores entre 235 e 285. Apenas um não foi assassinado; 16 nomeados pelos soldados; 5 pelo senado; 5 co-imperadores.

 

II.              Diocleciano (244-311)

1.     A preeminência ideológica do imperador: a vitória da ideologia monárquica de raiz oriental.

1.1    A sacralização da figura imperial em vida: Iouius; Herculius;

1.2    A criação de uma etiqueta de distanciamento de matriz oriental. A influência persa.

- a púrpura e o diadema;  a distância protocolar (e.g. entradas nas cidades); o cerimonial de corte.

1.3    O afastamento de Roma;

 

2.     O sistema da tetrarquia.

2.1   Dois Augustos e dois Césares: Diocleciano e Maximiano; Galério e Constâncio.

2.2   Os novos centros: Nicomédia-Antioquia-Tessalónica; Milão-Trier.

2.3   A primeira vista de Diocleciano a Roma: os uicennalia de 303. Significado ideológico: o que é o império?

 

3.     A protecção das fronteiras

3.1   A duplicação dos efectivos militares (de 200 para 400 mil efectivos);

3.2   A necessidade de pagar ao exército: o novo sistema fiscal:

- o novo recenseamento: uma espécie de ‘inquirições’ avant-la-letttrecapita e iuga;

- o papel dos decuriões na recolha dos impostos;

- a inclusão da Itália (mas exclusão de Roma);         

- os pagamentos em géneros e o abastecimento das legiões.

 

III.             Constantino (272-337)

1.     A abdicação de Diocleciano e Maximiano (305): quando tudo parecia ainda correr bem.

1.1  Novos Augustos: Constâncio I (Ocidente) e Galério (Oriente); novos Césares: Severo e Maximino Daia.

1.2  A rápida morte de Constâncio (306): espoleta-se a crise – as revoltas de Constantino e de Maxêncio.

1.3  Os confusos anos 306-312: o colapso da tetrarquia.

1.4  Em 312: Licínio é Augusto no Oriente; a aliança com Constantino e a eliminação de Maxêncio na batalha da ponte Mílvia (312) e de Maximino Daia na batalha de Tziralo (313).

 

2.     O problema da conversão de Constantino.

2.1  O sonho da véspera da ponte Mílvia: o . A visão: Ἐν τούτῳ νίκα/in hoc signo uinces.