Economia política e império: descentralização, crescimento, fiscalidade e poder militar

19 Fevereiro 2021, 15:30 Rodrigo Furtado

1.              O sistema de governo republicano:

1.1       O sistema de cooperação entre micro-estados; um processo efectivo, mesmo se lento, de inclusão/participação/absorção. Concluído: 212: edicto de Caracala.

1.2       as províncias e os poderes dos “procônsules” ou “propretores”;

1.3       o divórcio entre cidadania/voto/etnicidade/cidade/combater; uma ‘nova cidadania’?

1.4       Uma administração de topo sem salários.

1.5       Administração central muito leve:

1.5.1       funções do estado – militar; fiscal; justiça; comunicações;

1.5.2       em média: havia 1 “administrador romano” não militar por cada 400 mil habitantes; total de 150 administradores romanos civis (fiscalidade; justiça) em todo o império.

 

2.     A extrema militarização da sociedade:

2.1       A guerra contínua.

2.2       Serviço militar entre 6-10 anos (a partir de 200 a.C.);

2.3       Elevadíssima taxa de mobilização: entre 44-32 a.C. estavam mobilizados ca. 400 mil homens, num total de 1 milhão de cidadãos e 4-5 milhões de habitantes em Itália (apenas ultrapassada com Luís XIV em números absolutos- MAS França com 20 milhões de habitantes).

3.     O serviço militar durante o Principado.

3.1       A profissionalização do exército imperial: mas não desmilitariza a sociedade – com Augusto, 1/7 dos cidadãos estão nas legiões. Serviço militar profissionalizado de 10-16 anos. Estabilizam nos 300 mil efectivos de cidadãos em tempos de paz.

3.2       A provincialização do exército: recrutamento e presença militar.

3.2.1       Augusto: 68% dos legionários eram itálicos

3.2.2       ca. 50 d.C.: 48% dos legionários eram itálicos

3.2.3       ca. 100 d.C.: 22% dos legionários eram itálicos;

3.2.4       ca. 200 d.C.: 2% dos legionários eram itálicos;

3.3       A desmilitarização de Itália e das províncias mediterrâneas: o afastamento das legiões.

3.4       A militarização das elites e das populações de cidadãos de fronteira.

 

4.     “Romanização”, multilinguismo, multiculturalismo.

4.1       O papel dos exércitos comuns de Romanos e aliados;

4.2       Colónias e a fundação de comunidades mistas;

4.3       A colonização em massa para fora de Itália (59-13 a.C.): uma tentativa de resolução da pobreza – a Romanização. Tlvz ca. 1 milhão de cidadãos romanos de origem itálica.

4.4       Entre o multilinguismo e o triunfo do Latim;

4.5       Romanização: o significado.

4.6       A Romanização das elites provinciais e a competição por Roma: metade do Senado provincializado no fim do século II.

 

5.     A fiscalidade:

5.1.1.      um sistema fiscal muito leve na República: ca. 0,1% sobre o rendimento da terra; nenhum tributo sobre aliados itálicos; voltado para a guerra. O autofinanciamento da guerra através do saque.

5.1       Os tributos

ca. s. III a.C.: 4-8 milhões de sestércios/ano;

ca. 150 a.C. (não-Itália): 50-60 milhões de sestércios/ano;

ca. 50 a.C.: 340 milhões de sestércios/ano;

ca. 50 d.C.: 800 milhões de sestércios/ano.

5.2       Principado: ca. 11% em média do rendimento de subsistência anual de um cidadão fora de Itália ia para impostos; talvez 5% da média de rendimento de um cidadão “médio”.

5.3       O orçamento: ca. 50% era gasto em despesas militares (incluindo abastecimento)

Uma imagem com mesa

Descrição gerada automaticamente

6.     Ricos e pobres.

6.1       Uma cultura de elite: política+militar+religiosa+económica. 2% da população: incluem senadores+cavaleiros+decuriões (elites municipais);

6.2       A pobreza extrema e o limiar da pobreza; o pão gratuito. “Pão e circo”.

6.3       Os escravos: cerca de 1 milhão (20% da pop. na Itália) no final da República