Fatalismo (2)

14 Fevereiro 2019, 18:00 Ricardo Santos

Último passo fundamental do argumento: (iv) lei do raciocínio por casos. Generalização do exemplo para todos os tempos e para todos os acontecimentos. Respostas ao argumento da Batalha Naval (além da aceitação da conclusão fatalista). (i) Rejeição da lei do terceiro excluído (Lukasiewicz): se ainda não há factos para nenhum dos disjuntos, tampouco pode já haver um facto para a disjunção. Problemas para este tipo de resposta: 1) parece fazer parte dos dados que já hoje há só duas possibilidades em aberto: ou haverá uma batalha ou haverá paz; 2) não explica o facto de que hoje podemos já saber que, por exemplo, haverá uma batalha. (ii) Rejeição da lei da ascensão de “A” para “A frase “A” é verdadeira” (Aristóteles): a verdade requer correspondência com factos presentes e, embora vá haver uma batalha, ainda não há um facto ao qual “Vai haver uma batalha” corresponda (só haverá quando houver uma batalha). Problemas para este tipo de resposta: 1) Variação do argumento com saber no lugar da verdade, de tal maneira que se teria de negar que alguém possa ter conhecimento do futuro em aberto.