Livre-arbítrio (4)

4 Abril 2019, 18:00 Ricardo Santos

i) Apresentação do primeiro tipo de compatibilismo, que preserva também o poder de agir de outra maneira. ia) Antecedente histórico (Hobbes, Spinoza): s podia fazer que não P sse s faz que P sem coerções externas. Explicação da ausência de coerções externas em termos dum condicional contrafactual: s podia fazer que não P sse, se s tivesse decidido fazer que não P, s teria feito que não P. Problema: exemplo do agorafóbico. ib) Versão contemporânea (Smith): s podia fazer que não P sse há um conjunto sistemático de situações possíveis (onde a “base causal” da ação de s permanece a mesma, mas a realidade pode mudar em outros aspectos que dão o “input” à base causal) onde s faz que não P. Problema: distinção entre “base causal” e outros aspectos é pouco clara (exemplo do fóbico que em qualquer dia é agorafóbico ou claustrofóbico dependendo do minuto no qual acorda nesse dia ser par ou ímpar). ii) Apresentação do segundo tipo de compatibilismo, que recusa o poder de agir de outra maneira (Frankfurt). iia) Exemplos onde a necessidade de fazer algo e a liberdade parecem compatíveis. iib) Noção de liberdade como correspondência entre decisões de 1a ordem com desejos de 2a ordem. Problema: os desejos de 2a ordem e de ordem superior poderiam ter sido “impostos” ao sujeito de maneira tal que, intuitivamente, o sujeito não é livre (exemplo do agorafóbico que tem também a mania de 2a ordem de ter fobias de 1a ordem).