A regulação da vida como projecto cultural em António Damásio
8 Novembro 2018, 18:00 • Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes
NOVEMBRO 5ª FEIRA 14ª Aula
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Na ausência justificada do aluno Henrique Gil que connosco se comprometera a comentar três dos capítulos finais da obra de António Damásio, A Estranha Ordem das Coisas – A Vida, os Sentimentos e as Cultura Humanas, fizemos leitura de passagens do primeiro desses capítulos que nos envolveram em acérrima discussão.
Insistimos na ideia de homeostasia – regulação da vida e de tudo o que a ela diz respeito – como sustentadora dos sentimentos que são por sua vez os depositários das emoções e dos «comportamentos emotivos». (Damásio, 2017: 231-232) Reconhecida e defendida por Damásio a perspectiva subjectiva de cada um de nós, ela está associada ao aparecimento da mente e às respectivas evoluções que integram a memória, o raciocínio, a linguagem verbal e outras expressões de linguagem afectas à inteligência criadora. Todo este processo, que até hoje se mantém, propicia, essencialmente nos humanos, resposta cultural que encontra noutros seres vivos (abelhas, formigas, elefantes) um outro tipo de resposta que nos é também comum: a resposta social.
Neste contexto breve referimos dois seres vivos que também são parte natural do processo homeostático desde os primórdios da vida no planeta, ainda que sem possuírem mente: a amiba e a lula. A discussão tornou-se assim mais ampla e referenciada pois pudemos observar imagens de ambos os animais.
DAMÁSIO, António 2017, A Estranha Ordem das Coisas – A Vida, os Sentimentos e as Cultura Humanas, Lisboa: Temas e Debates / Círculo de Leitores, pp. 227-332.