Empatia ferida

13 Dezembro 2018, 18:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

DEZEMBRO                                   5ª FEIRA                                          24ª Aula

 

13

 

Sylvia James, artista colombiana e performer, aluna do doutoramento em Artes na FLUL, foi a nossa única convidada deste semestre.

 

Depositei grande espectativa naquilo que Sylvia James nos poderia ter apresentado, dada a sua experiência na área de pesquisa dos estudos que vem realizando: tratamento da imagem, processos de empatia, reconhecimento da actividade dos nerónios-espelho em comportamento imitativo; capacidade de reconhecimento entre aquilo por que somos atraídos em relação a uma imagem e o modo como essa imagem age sobre nós.

A nossa convidada pôs grande empenho no que pretendeu expor e trabalhar connosco. Cedo verifiquei, porém, que os seus esforços não colhiam da parte dos alunos aquela empatia que todos tinhamos desejado pudesse vir a existir. Entre aquilo que Sylvia James foi explorando e os resultados práticos da sua exposição, escolha de textos, escolha de outros materiais, tornou-se um excesso informativo inalcançável numa única unidade lectiva.

Assumo a responsabilidade do insucesso desta iniciativa e informo todos os alunos de que a matéria apresentada está muito além do nosso programa e com ele não configura trajecto comum.

 

SUMÁRIO

Sessão de 13-12-18

BRIEF DESCRIPTION

Departing from the approach to an image as something that looks back at us, suggested by Didi-Huberman in one of his earliest books: O que Nós Vemos o que Nos Olha (1992) (trad. Dafne Editora & Equipa de tradução, Porto: Dafne editora,2011), I´ll unfold the implications of attributing different materials to an image.

First, there was a brief introduction to establish a familiarity with the images that

were going to be used to construct such an argument: a brief description of my experience as a bystander in Portugal, the universe proposed by Harmony Korine in Mr. Lonely (2008), the approach that Didi-Huberman suggests to image as something that looks back at us in the book O que Nós Vemos o que Nos Olha (1992), and the piece developed by the video-artist Bill Viola called Heaven and Earth (1992).

 

1. APRESENTAÇÃO DE UMA METOLODOGIA DE INVESTIGAÇÃO: AS CAIXAS como parâmetros para uma escrita com uma lógica de verso e verso;

2. APRESENTAÇÃO DA PRIMEIRA CAIXA DO PROJETO

CORPOS QUE SÃO CONSTRUÍDOS A PARTIR DE PROCESSOS DE EMPATÍA;

Caixa 1

- Corpos que fazem as vezes de ecrãs.

- Materialidades atribuídas à imagem (Didi-Huberman)

- Heaven and Earth como tecno-poética (Bill Viola)

- Ceder a vida privada e a vida pública, (in-personators) Mr. Lonely (Harmony Korine)

- O corpo como ecrã: Figurante/ Bystander /Extra