O estabelecimento dos portugueses no Índico e a apropriação das rotas comerciais (aula ministrada pelo Professor Vítor Rodrigues)
4 Março 2021, 09:30 • Ângela Vieira Domingues
(O mesmo)
A participação portuguesa no Índico nos seus tempos iniciais: as vastas redes comerciais, a construção dum império marítimo e a interação com as várias potências terrestres do subcontinente indiano, que, contudo, não colidem com a presença portuguesa. Uma construção imperial baseada no domínio de rotas e no esquema de “redes”, apoiada por várias fortalezas que são construídas ao longo da costa para auxiliar a expansão naval e facilitar o domínio do mar; um domínio imperial baseado em armadas que controlam os mares; a edificação das fortificações em lugares “chave”, destinados a controlar as rotas comerciais. A necessidade de interagir com os impérios e formações politicas indianas e africanas emergentes, tanto no apoio politico (ex: apoio a Melinde e Cochim), como no comércio (exemplo: compra de tecidos do Guzerate e do Coromandel para vender em Malaca, destinados a alimentar o comércio com as ilhas de Banda e Molucas, ou na costa oriental africana, para comprar marfim, escravos e ouro), como ainda militarmente (exemplo: as várias batalhas navais travadas contra o Sultanato Mameluco). A presença portuguesa afeta o “Lago Muçulmano” que é o oceano Índico; o uso de outras estratégias, como “dividir e conquistar”, na construção da rede comercial e militar do Estado da Índia Portuguesa. A importância do ouro do Monomotapa, uma segunda Mina; os cavalos e a sua importância na "arte da guerra" dos sultanatos e dos impérios indianos. (sumário de Manuel Camões)
Autores: Luís Filipe Thomaz, Geneviève Bouchon,