A historiografia do Brasil colonial. Tendências e desafios das últimas décadas
16 Abril 2021, 09:30 • Ângela Vieira Domingues
A vida e a cultural africana no Brasil. A personalidade de Salvador Correia de Sá e a recuperação de Angola como um dos principais centros fornecedores de escravos que se desenvolveu em articulação com o Rio de Janeiro. As novas reflexões historiográficas sobre o período da monarquia dual, o império colonial e o Brasil. A grande fragilidade de quem deveria governar o Brasil em nome do rei e os abusos cometidos pelos governadores. A criação do Conselho Ultramarino. Os sistemas governativos portugueses vigentes no império são considerados pelos Habsburgo espanhóis como antiquados e inadequados para uma exploração económica eficaz das colónias. As reformas aplicadas ao Brasil durante a dinastia filipina, com influência de algumas práticas instauradas nas conquistas castelhanas. Uma nova historiografia centrada em regiões específicas do Brasil: a importância dos estudos sobre os municípios e a administração do Rio de Janeiro e as obras de Maria Fernanda Bicalho e Maria de Fátima Gouveia. A mudança da capital de Salvador para o Rio em meados do século XVIII. Temas sobre sociedade e economia colonial: a importância de Vera Ferlini e Stuart Schwartz. A contribuição de Laura de Mello e Souza e o estudo da religião popular. Luciano Raposo de Figueiredo e o estudo de rebeliões e revoltas que aconteceram no Brasil colonial. A formação de uma das maiores sociedades de base escravista no Atlântico Sul. A questão da governação das colónias como tema afastado dos interesses dos historiadores durante muito tempo. A renovação da historiografia sobre a governação colonial e a história administrativa sob a influência de António M. Hespanha. O contributo de diálogos entre a historiografia brasileira e portuguesa: João Fragoso e Nuno Gonçalo Monteiro influenciam o estudo sobre os conceitos estruturantes que são utilizados na forma como hoje escrevemos a história colonial do Brasil. (sumário de Sara Tagarroso)