Caminhos diversos
8 Março 2019, 14:00 • Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes
MARÇO 6ª FEIRA 6ª AULA
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Prosseguimos os nossos trabalhos regulares em Seminário de Orientação II, dando a palavra a Isabel Teles de Menezes sobre a área da sua investigação – dramaturgia contemporânea portuguesa. Voltámos a constatar que o teatro de texto original em português não tem merecido dos criadores portugueses um apelo com resultados muito favoráveis. No entanto é possível traçar um percurso de proximidade a esta matéria para melhor a fundamentar, estabelecendo contacto directo com criadores.
Sugeri à Isabel nomes de autores e encenadores: João Brites, Miguel Jesus (O Bando), Pedro Alves (Teatromosca), Tiago Patrício (escritor).
Contactadas estas pessoas, todas se mostraram favoráveis em receber a Isabel e com ela dialogarem. Iremos acompanhando a evolução desta possibilidade de investigação. Marineide Câmara fez pequenas intervenções sobre as dúvidas acerca deste assunto e que preocupam Isabel Teles de Menezes. Sugeri à Isabel o envio de um texto até 12.4.2019 que nos possa elucidar sobre o trabalho de campo e de pesquisa realizado entretanto com os criadores acima mencionados.
Retomámos a audição do que Andrés Jurado tinha para nos dizer.
https://www.macba.cat/uploads/20081110/QP_16_Sanchez.pdf
O aluno optou por nos esclarecer sobre um conceito importante para a sua pesquisa e que vem amplamente desenvolvido no capítulo introdutório de:
David Turnbull, 2000, Masons, Tricksters and Cartographers, Comparative Studies in the Sociology of Scientific and Indigenous Knowledge, London and NewYork: Routledge.
Trata-se neste caso de explicar e operar com o conceito de «Sociology of Scientific Knowledge» que deverá ajudar a fundamentar uma cartografia do Planeta, bem como as suas relações de visualidade do que se pretende mapear. Não tendo sido possível cabal esclarecimento de como o conceito é aplicado, pedi ao aluno que preparasse para a próxima sessão de seminário um pequeno estudo prático baseado nas imagens do capítulo 3 desta obra – mapas diversos – e em contexto histórico europeu e extra-europeu.
Por último foi dada a palavra a SAJJAD YARIFIROOZABADI, o nosso aluno do Irão. Recebemos de Sajjad dois documentos para comentar. Um primeiro documento destinava-se a dar-nos conhecimento do seu campo investigativo e intitulava-se Summary. Esse documento foi comentado e anotado por mim, pedindo eu ao aluno que o refizesse à luz das sugestões propostas. Um segundo documento dizia respeito a dois capítulos da seguinte obra: Alan Read (ed.), 2000, Architecturally Speaking – Practices of Art, Architecture and the Everyday, London and NewYork: Routledge, pp. 14-30 e 31-48.
Entendeu o aluno que refazer o primeiro documento consistiria em enviar-nos um documento plagiado a partir de dois endereços electrónicos disponíveis na Internet.
Recebemos, assim, uma montagem a partir de:
https://thetheatretimes.com/taziyeh-ritual-performance-during-muharram/
https://muse.jhu.edu/article/191154
Não chegámos a entender por que razão receberamos os dois capítulos editados da obra de Alan Read. Não compreendemos ainda por que razão a investigação de Sajjad dizia ocupar-se de obra de Marina Abramovic «The Lips of Thomas», como nos informara antes.
Entendi dar conhecimento desta situação à Directora do Curso de Estudos de Teatro, a colega Maria João Brilhante.
Tenho sérias dúvidas sobre as capacidades intelectuais e éticas deste aluno, nomeadamente para vir a escrever uma Dissertação de Doutoramento.