Atravessando a escrita de cada um em conjunto
8 Fevereiro 2021, 10:00 • Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes
FEVEREIRO 2ª FEIRA 3ª AULA
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Leitura do testemunho sobre Messiah/Komplex da Companhia Against the Grain por Maria João Vicente. A vivacidade da apresentação da aluna despertou recorrente empenho em diálogo dos colegas, voltando todos assim ao espectáculo antes visionado.
Seguiu-se o comentário à proposta escrita de Maria-Josefina Azocar Fuentes, Cuerpos vocales nomádicos revelando formas de habitar, que suscitou ampla participação de todos os alunos. Pedi à mestranda que nos trouxesse para a aula de 22 de Fevereiro exemplos das suas actuais pesquisas e exercitações para melhor compreendermos o alcance do seu estudo sobre a voz.
Tivemos ainda a oportunidade de iniciar o comentário ao trabalho de Patrícia Anthony, Migrações na cena – Influências e Desdobramentos das Migrações na criação teatral entre Portugal e o Brasil. A questionação do trabalho desta aluna prosseguirá na aula de 22 de Fevereiro.
Nesse dia dedicaremos ainda aos trabalhos dos nossos alunos equatorianos Rocio Perez e Paúl Sanmartin um tempo de questionação aos seus projectos de Doutoramento nesta fase de trabalho.
Retomando o projecto de natureza cultural e artística que iniciámos com a audição e visionamento do Oratório Messias de Händel com produção canadiana, faremos agora outra incursão musical e de canto em território africano.
Mantemos como criador Johann Sebastian Bach e deslocamo-nos para a cidade de Lambarena, a capital da província de Moyen-Ogooé no Gabão. Aí iremos ao encontro de uma população grata ao médico alemão Albert Schweizer, prémio Nobel da Paz em 1952, e que tratou até à sua morte todos os doentes da região. Schweizer amava Bach. Tinha um gira-discos que colocava à entrada da sua casa e nele punha a tocar todo o repertório de Bach que aprendera em jovem. Os povos locais ouviam com espantoaquela música que desconheciam a gostar de Bach como o Dr. Schweizer.
O que proponho é que escutem bem o que músicos e cantores de várias partes do mundo, incluindo naturalmente e em primeiro lugar os habitantes de Lambarena, conceberam como louvor a Schweizer em 1993.