FILOSOFIA ANTIGA E MEDIEVAL
2022/23
PROGRAMA
1. Filosofia Antiga: introdução (António Pedro Mesquita)
2. A teoria das ideias em Platão: da questão “o que é X?” nos diálogos socráticos à teoria das ideias (António Pedro Mesquita)
Texto para as Aulas:
Platão, Êutifron, Hípias Maior, Ménon [excertos, a disponibilizar na plataforma de e-learning].
3. A teoria das ideias em Platão: a exposição clássica nos diálogos médios (António Pedro Mesquita)
Texto para as Aulas:
Platão, Fédon [excertos, a disponibilizar na plataforma de e-learning].
4. A teoria das ideias em Platão: problemas (António Pedro Mesquita)
Texto para as Aulas:
Platão, República X 597bd; Parménides 131e-132a [textos a disponibilizar na plataforma de e-learning].
5. A metafísica como disciplina em Aristóteles (António Pedro Mesquita)
Texto para as Aulas:
Aristóteles, Metafísica I 1-3, IV 1-2, VI 1 [Metafísica, trad. T. Calvo Martínez, Madrid, Gredos, 1994].
6. As concepções metafísicas de Aristóteles nas Categorias (António Pedro Mesquita)
Texto para as Aulas:
Aristóteles, Categorias 1-2, 5 [Categorias. Da Interpretação, trad. R. Santos, Lisboa, INCM, 2016].
7. As concepções metafísicas de Aristóteles na Metafísica (António Pedro Mesquita)
Texto para as Aulas:
Aristóteles, Metafísica VII [Metafísica, trad. R. Zillig (em elaboração)].
8. Filosofia Medieval: introdução (Filipa Afonso)
9. A questão da unidade do intelecto (Lidia Lanza)
Textos para as Aulas:
Tomás de Aquino de Aquino, De unitate intellectus contra Averroistas [A Unidade do Intelecto contra os Averroístas, trad. M. S. de Carvalho, Lisboa, Edições 70, 1999].
10. A questão da eternidade do mundo (Lidia Lanza)
Textos para as Aulas (selecção das obras seguintes):
Guilherme de Conches, Dragmaticon philosophiae [A Dialogue on Natural Philosophy, trad. I. Ronca – M. Curr, Notre Dame, University of Notre Dame Press, 1997].
Roberto Grossateste, Tractatus de luce [Tratado da Luz e Outros Opúsculos sobre a Cor e a Luz, introd. e notas M. S. de Carvalho, trad. M. S. Carvalho e M. Conceição Camps, Porto, Afrontamento, 2012, pp. 55-75].
Henrique de Gand, Quodlibet I, qq. 7-8 [Thomas d’Aquin et la controverse sur l’éternité du monde, direc. Cyrille Michon, Paris, Flammarion, 2004, pp. 228-250].
Tomás de Aquino, De aeternitate mundi [Questão acerca da Eternidade do Mundo, trad. e notas J.M. Costa Macedo, Porto, FLUP, 2013].
Boécio de Dácia, De aeternitate mundi [A Eternidade do Mundo, trad. M. S. Carvalho, Lisboa, Colibri, 1996].
Sigério de Brabante, De aeternitate mundi [Tratado da Eternidade do Mundo, trad. e notas M. S. Carvalho, Porto, FLUP, 2013].
11. A questão da alma dos condenados e o fogo infernal (Lidia Lanza)
Textos para as Aulas:
Tomás de Aquino, In IV Sententiarum, d. 44, q. 3, a. 3, qla. 3, pp. 240-244 [será fornecida uma tradução em português].
Sigério de Brabante, Quaestiones in tertium de anima, ed. B. Bazán, Louvain – Paris 1972, IV, q. 11, pp. 31-35 [será fornecida uma tradução em português].
12. A questão dos universais: Porfírio e o debate acerca do estatuto ontológico dos universais; o anti-realismo de Abelardo(Filipa Afonso)
Textos para as Aulas:
Porfírio de Tiro, Isagoge [Isagoge. Introdução às Categorias de Aristóteles, introdução, notas e comentários B. Silva Santos, São Paulo, Attar, 2002, pp. 35-45].
Abelardo, Logica Ingredientibus [B. Geyer, Peter Abaelards Philosophische Schriften, Münster, Aschendorff, 1919, pp. 10-16].
13. A questão dos universais: o realismo moderado de Tomás de Aquino (Filipa Afonso)
Textos para as Aulas:
Tomás de Aquino, De ente et essentia III, 1-5 [O Ente e a Essência, trad. M. S. Carvalho, Porto, Afrontamento, 2013, pp. 20-26].
14. A questão dos universais: o nominalismo de Guilherme de Ockham (Filipa Afonso)
Textos para as Aulas:
Guilherme de Ockham, Expositio in librum Perihermeneias Aristotelis I, proem. 6 [Opera philosophica 2, New York, Franciscan Institute, 1978, pp. 351-355.]
BIBLIOGRAFIA DE APOIO
Geral
Ø J. Barnes, The Cambridge Companion to Aristotle, Cambridge, Cambridge University Press, 1995.
Ø E. Craig (ed.). The Routledge Encyclopedia of Philosophy, 10 vols., London – New York, Routledge, 1998. Versão em linha: https://www.rep.routledge.com/.
Ø G. Fine, The Oxford Handbook of Plato, New York, Oxford University Press, 2008.
Ø A. Kenny, A New History of Western Philosophy. I: Ancient Philosophy, Oxford, Clarendon Press, 2004 (trad. portuguesa: Lisboa, Gradiva, 2010).
Ø R. Kraut, The Cambridge Companion to Plato, Cambridge, Cambridge University Press, 1992.
Ø H. Lagerlund (ed.), Encyclopaedia of Medieval Philosophy. Philosophy Between 500 and 1500, Dordrecht, Springer, 2011.
Ø C. Shields, The Blackwell Guide to Ancient Philosophy, Malden (MA), Blackwell, 2003.
Ø C. Shields, The Oxford Handbook of Aristotle, New York, Oxford University Press, 2012.
Ø E. N. Zalta (ed.), The Stanford Encyclopedia of Philosophy: https://plato.stanford.edu/.
Sobre a teoria das ideias em Platão
Ø D. T. Devereux, “Separation and Immanence in Plato’s Theory of Forms”, Oxford Studies in Ancient Philosophy 12, 1994, pp. 63-90.
Ø G. Fine, “Separation”, Oxford Studies in Ancient Philosophy 2, 1984, pp. 31-87.
Ø G. Fine, “Immanence”, Oxford Studies in Ancient Philosophy 4, 1986, pp. 71-97.
Ø V. Harte, “Plato’s Metaphysics”, The Oxford Handbook of Plato, ed. G. Fine, New York, Oxford University Press, 2008, pp. 455-480.
Ø T. H. Irwin, “The Theory of Forms”, Plato 1: Metaphysics and Epistemology, ed. G. Fine, Oxford, Oxford University Press, 1999, pp. 143-170.
Ø S. Peterson, “Plato’s Parmenides: A Reconsideration of Forms”, The Oxford Handbook of Plato, ed. G. Fine, New York, Oxford University Press, 2008, pp. 231-259.
Sobre a metafísica de Aristóteles
Ø J. L. Acrkill, “Notes”, Aristotle. Categories and De Interpretatione, Oxford, Clarendon Press, 1963, pp. 71-91.
Ø J. Barnes, “Metaphysics”, The Cambridge Companion to Aristotle, ed. J. Barnes, Cambridge, Cambridge University Press, 1995, pp. 66-108.
Ø M. Loux, “Aristotle: Metaphysics”, The Blackwell Guide to Ancient Philosophy, ed. C. Shields, Malden MA, Blackwell Publishing, 2003, pp. 163–183.
Ø S. Marc Cohen, C. D. C. Reeve, “Aristotle’s Metaphysics”, The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Winter 2020 Edition), Edward N. Zalta (ed.), URL = <https://plato.stanford.edu/archives/win2020/entries/aristotle-metaphysics/>.
Ø R. Santos, “Introdução”, Categorias. Da Interpretação, Lisboa, INCM, 2016, pp. 15-57.
Ø C. Shields, “Being Qua Being”, The Oxford Handbook of Aristotle, ed. C. Shields, Oxford, Oxford University Press, 2012, pp. 343–371.
Sobre a questão dos universais
Ø A. de Libera, La querelle des universaux. De Platon à la fin du Moyen Age, Paris, Éditions du Seuil, 1996.
Ø M. Tweedale, Scotus vs. Ockham – A Medieval Dispute over Universals. Vol. I: Texts. Vol. II: Commentary, Lewiston, Edwin Mellen Press, 1999.
Sobre a questão da unidade do intelecto
Ø A. de Libera, L’unité de l’intellect – Commentaire du De unitate intellectus contre les averroïstes de Thomas d’Aquin, Paris, Vrin, 2004.
Ø J.-B. BRENET, Je fantasme. Averroès et l’espace potentiel, Paris, Verdiers, 2017.
Sobre a questão da eternidade do mundo
Ø I. Caiazzo, “The Four Elements the Work of William of Conches”, Guillaume de Conches: philosophie et science au XIIe siècle, ed. B. Obrist – I. Caiazzo, Firenze, SISMEL / Edizioni del Galluzzo, 2011, pp. 3-66.
Ø M. S. Carvalho, “El uso de Aristóteles por Enrique de Gante en el Quodlibeto IX”, La filosofía medieval, eds. F. Bertelloni – G. Burlando, Madrid, Trotta Editorial, 2002, pp. 179-194.
Ø R.C. Dales, Mediaeval Discussion of the Eternity of the World, Leiden, Brill, 1990.
Ø R. Sorabji, Time, Creation and the Continuum, London, Bloomsbury, 1983.
Sobre a questão da alma dos condenados e o fogo infernal
Ø F. X. Putallaz, L’âme et le feu: Notes franciscaines sur le feu de l’enfer après 1277, in Nach der Veruteilung von 1277. Philosophie und Theologie an der Universität von Paris im letzen Viertel des 13. Jahrhunderts, eds. J. A. Aertsen et al., Berlin – New York 2001, pp. 889-901.
Ø P. Porro, “The (Im)passibility of the Soul: Theological Paradoxes at the End of the Thirteenth Century”, Medieval Perspectives on Aristotle’s De Anima, eds. R. L. Friedman – J. M. Counet, Leuven, Peeters, 2013, pp. 39-62.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Mestrado:
Ø Um ensaio sobre um tópico do programa de filosofia antiga (máximo: 2.000 palavras), a combinar com o professor e a apresentar até 17 de Novembro de 2022. [40%]
Ø Um ensaio sobre um tópico do programa de filosofia medieval (máximo: 2.000 palavras), a combinar com a professora e a apresentar até 22 de Dezembro de 2022. [40%]
Ø Regularidade e qualidade da participação nos trabalhos do seminário. [20%]
Doutoramento:
Ø Um ensaio sobre um tópico do programa de filosofia antiga ou de filosofia medieval (máximo: 8.000 palavras), desejavelmente em relação com o projecto de tese do aluno, a combinar com um dos professores e a apresentar até 22 de Dezembro de 2022. [70%]
Ø Participação activa no comentário dos textos trabalhados no seminário, com ênfase nos relativos à parte do programa (filosofia antiga ou de filosofia medieval) não abordada no ensaio. [30%]