Futuros contingentes (2)

3 Fevereiro 2020, 11:00 Ricardo Santos

Recapitulação: (i) caracterização do fatalismo; (ii) apresentação do argumento da batalha naval (em defesa do fatalismo). O pressuposto de uma noção de verdade objectiva (independente do conhecimento). A perspectiva tradicional segundo a qual a verdade é relativa ao tempo (e pode mudar com o tempo). A alternativa defendida por Frege, segundo a qual os ‘pensamentos’ são essencialmente não-temporais.

A ontologia do tempo: a controvérsia entre presentistas e eternistas. Segundo o presentismo, os objectos e acontecimentos (completamente) futuros não existem. A aparente assimetria entre passado e futuro: a fixidez do passado e o carácter “em aberto” do futuro. Verdades e ‘fazedores de verdade’. É plausível pensar, numa perspectiva presentista, que as afirmações contingentes acerca do futuro não têm nenhum fazedor-de-verdade e, por isso, não são verdadeiras nem falsas. Os futuros contingentes como razão para rejeitar o princípio da bivalência.