Lucrécio, A Natureza das Coisas; Soares de Passos, "O Firmamento"
12 Outubro 2016, 10:00 • Helena Carvalhão Buescu
Lucrécio, A Natureza das Coisas; Soares de Passos, "O Firmamento".A coincidência entre o acto emancipatório de conhecer e a beleza "estética" do poema (Lucrécio): a interpenetração entre os conceitos de verdade e beleza. A explicação atomística como forma de encontro de uma explicação imanente das coisas do mundo e consequente recusa das "superstições" provindas de uma justificação divina. A hipotipose como a grande estratégia retórica do texto e sua relação com a imaginação material de que ele é devedor. Greenblatt, The Swerve: a história do texto lucreciano. As suas bases materialistas; as suas implicações humanistas (descoberta do manuscrito por Poggio, no Renascimento); as suas implicações na filosofia de base empírica.Soares de Passos: o discurso da ciência (astronomia) como um discurso de que a poesia se pode apropriar para descrever científica e poeticamente o mundo. A historicidade do Universo: por que formas se tenta ainda a conciliação entre o discurso da ciência e o reconhecimento de Deus como criador? A estrutura do poema e os seus cinco "andamentos". Mobilidade do universo e reconhecimento do seu carácter histórico e vitalista (nascimento, crescimento/decadência, morte): os princípios românticos.