Elfriede Jelinek - A Morte e a Donzela I (Branca de Neve) - Quelstionação e dramaturgia
1 Outubro 2015, 16:00 • Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes
Prossecução da análise dramatúrgica da peça A Morte e Donzela I (Branca de Neve) sob as perspectivas enunciadas no sumário anterior e agora em desenvolvimento.
Que tipo de peça é esta? O que nela nos surpreende? Como somos capazes de pensar ao mesmo tempo informação tão díspar e que acaba por fazer sentido? Podemos considerar que o modo de articular os elementos da sua escrita é o que melhor caracteriza Elfriede Jelinek como autora, como dramaturga? Como se relaciona a matéria tradicional (o conto) com a sua contrapartida contemporânea (a peça)? Como ler a elevação de uma frase filosófica ao lado de uma tirada rasteira e prosaica? Como entender o nexo Aparência vs. Essência no conto tradicional e na peça? O que acrescenta Jelinek quando inclui em A Morte e a Donzela I (Branca de Neve) a patinagem no gelo, o vestuário e os tiques da moda, o discurso publicitário, o uso inesperado de imagens com efeito de parodização? Será que o conto tradicional não transportava já consigo uma ironia e malícia subliminares, pelo menos do ponto de vista da leitura contemporânea? O que acrescenta ou transforma esta pequena obra de Jelinek?
Leituras recomendadas:
- IRMÃOS GRIMM (Jakob e Wilhelm Grimm) 2012, Conto da Infância e do Lar, Tradução, Introdução e Notas de Teresa Aica Bairos, Coordenação Científica de Francisco Vaz da Silva, Primeira Edição Integral, Volume I, Lisboa: Temas e Debates / Círculo de Leitores, pp. 397-400, 413-426.
JELINEK Elfriede, 2015, A Morte e a Donzela I – V. Dramas de Princesas, Tradução de Anabela Mendes, dactiloscrito. Lisboa: Artes & Engenhos.