A neovanguarda e o retrato poético da megalópole

12 Fevereiro 2020, 12:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

As neovanguardas: o Concretismo.

A especificidade do poético e a crise do verso. As relações entre o poeta, a palavra e o mundo no espaço urbano: a experiência da alienação da metrópole (Baudelaire) e a crise irreversível do verso. Breve análise dos poemas «Albatroz», de Baudelaire e «Poema das sete faces», de Carlos Drummond de Andrade.

A paisagem tecnológica moderna e a recusa do sublime.

Os processos reguladores da poesia concreta. As duas intuições fundamentais dos poetas concretos na procura de estruturas alternativas ao verso e aos ‘laços lógicos da linguagem’: a compreensão sintético-ideográfica e a dimensão ‘verbivocovisual’ do novo signo poético.
A distinção proposta por Apollinaire entre a organização linguística linear e a constelar e a compreensão analítico-discursiva e a sintético-ideográfica. O ready made poético e a integração de discursos apoéticos. A poesia concreta e a adopção de padrões não-verbais (do outdoor e do cartaz) e da linguagem publicitária. Análise do poema «Beba Coca Cola», de Décio Pignatari.
A influência de Joyce: a negação da perceção automatizada e a proposta de um novo signo ‘verbivocovisual’.

Bibliografia: 

AGUILAR, Gonzalo (2005): Poesia concreta brasileira: as vanguardas na encruzilhada modernista (São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo).

CAMPOS, Augusto de; PIGNATARI, Décio; CAMPOS, Haroldo de (1965): Teoria da poesia concreta: textos críticos e manifestos 1950-1960 (São Paulo: Atelier Editorial).