A reforma do Teatro na primeira metade do século XIX

7 Novembro 2016, 10:00 Maria João Monteiro Brilhante

Início do 2º módulo de trabalho dedicado á criação do teatro moderno em Portugal no século XIX. Antecedentes a partir dos anos 70 do século anterior: 1) intervenção do poder político nas práticas públicas de teatro e ópera através da criação da Sociedade para a subsistência do teatro público em 1771 por um grupo de indivíduos próximos do marquês de Pombal e apoiantes da sua política de mercantilismo e modernização; 2) tentativa de criação de um repertório de peças de teatro inspiradas pelo modelo da tragédia e da comédia clássicas francesas e italianas visando dignificar a língua e a literatura portuguesas (iniciada com os escritores da Arcádia Lusitana). Retrocesso nesta orientação por causa da acção da censura (Real Mesa Censória) e da proibição da presença de mulheres em cena e nos teatros (decisão de D. Maria I). Recomenda-se a consulta de documentos da censura e pedidos de autorização por parte dos empresários na base de dados HTP (página do Centro de Estudos de Teatro).O quadro político e social das primeiras duas décadas do século XIX: partida da corte para o Brasil, invasões francesas e guerras liberais (anos 20) pela conquista pelo Poder. Início do reinado de D. Maria II e início de reformas (da educação em 1836) no sentido da modernização do país. A acção de Almeida Garrett na reforma do teatro: o teatro ao serviço de um programa político de criação de uma nação (consultar o Dicionário do Romantismo para saber mais sobre os ideais românticos e o nacionalismo) e de civilização da sociedade. Leitura da Introdução ao drama Um auto de Gil Vicente de Almeida Garrett.