Elaboração de um trabalho / ensaio temático

28 Novembro 2016, 11:00 Adriana Veríssimo Serrão

Projectos apresentados

São Tomás de Aquino e Agostinho da Silva. Como atingir a Sabedoria e o pensamento livre  

Liberdade: comparação entre Espinosa e Nietzsche

Educação: Nietzsche e Bertrand Russell

Educação: Feuerbach e Nietzsche

Do problema dos valores: Nietzsche e A. Camus

Epicuro e São Paulo: problemática da morte

Eu: Nietzsche e Santo Agostinho, linguagem, razão, Deus

Doutrina e Educação: Santo Agostinho e Espinosa

 

Elaboração de um trabalho / ensaio temático

Depois de ter definido o projecto de trabalho (plano geral), que incidirá sobre dois textos de dois autores, e de o ter discutido com a pro­fes­so­ra, iniciará a fase seguinte: de investigação, elaboração de um plano por­me­no­rizado e re­dacção.

 

- Elaboração de um plano pormenorizado: Depois de ter delimitado o tema e os textos de tra­balho, de ter escolhido a bi­blio­gra­fia de apoio e de ter realizado as leituras es­­sen­ciais, e antes de iniciar a redacção, deverá elaborar um plano que permitirá or­denar (dar or­dem) os con­teú­dos de modo coerente.

- Investigação: uma pesquisa bibliográfica sobre o tema (tema geral ou /e temas es­­­pecíficos, e/ou conceitos). O seu trabalho deverá integrar, pelo menos, dois estudos (livros, partes de li­­vros, artigos de revista) pertinentes para o tema e duas obras ins­tru­men­tais (enciclopédias, di­cio­nários, voca­bu­lários de Filosofia).

 

- O plano constitui a estrutura essencial, o "esqueleto" que vai permitir "arrumar" as ideias, distinguir o essencial e o acessório e conferir ao texto final coerência con­cep­tual, clareza discursiva e vivacidade argumentativa. Sem o plano podemos uma ideia va­ga do tema a tratar, mas dificilmente a trans­for­ma­remos num "todo articulado" (Kant).

Um bom plano permite avançar com segurança. Evita repensar constantemente o ca­minho, errar, vaguear, cair em sucessivas repetições. Protege-nos das situações-li­mi­te: "não tenho nada para dizer" ou "o que tenho para dizer não cabe em 7 páginas".

- Um plano-tipo não existe; depende do tema e também do método utilizado. Em ge­ral, é composto de uma estrutura central e de articulações (como um tronco des­do­bra­­­­do em ramos). As divisões correspondem aos grandes temas que devem ser des­ta­ca­dos e iden­tifi­ca­dos.


 

 

 

ÍNDICE

A leitura do Índice permite captar imediatamente a es­tru­tura /sequência temá­ti­ca/ do trabalho.

 

Pode vir no início ou no fim.

INTRODUÇÃO

Deve definir com prec­isão o con­teúdo do trabalho (o tema).

- Deve identificar com pre­ci­são o problema.

É a apresentação geral do problema em grandes linhas (o ideal será que o tema seja um problema preciso, for­mu­lado como problema filo­só­fico). Levanta interrogações e anuncia o caminho que vai ser seguido ("intro-duzir": "in­­s­­e­rir dentro de", "fazer en­trar em"). Dei­xa as so­lu­ções "em aberto".

Po­de ser escrita no final.

 

DESENVOLVIMENTO

A sequência das partes deve se­­guir uma progressão e manter a con­­tinuidade.

Deve ser progressivo e con­tínuo.

 

O problema deve ser re­par­tido em grandes sub-pro­ble­mas, correspondendo cada um a uma das partes, que de­vem ser numeradas (1, 2, 3..., A, B, C..., I, II, III... Cada parte de­ve ter um título.

Estas partes podem ser por sua vez divididas (pa­rá­gra­fos..., ), mas num tra­ba­lho pe­­­­que­no será de evitar mui­tas divi­sões.

 

CONCLUSÃO

Sintetiza o caminho per­cor­rido, o ponto a que se che­gou, realça as conclusões, as res­postas às perguntas feitas.

 

Encerra este caminho, nunca de­­fi­nitivamente terminado. Apresenta o "saldo" da re­fle­xão.

Torna o texto completo em si mesmo.

BIBLIOGRAFIA

 

Organizada por secções.

Seguir as normas indicadas.

Só inclui o que foi efec­tiva­men­te lido ou consultado.

 

 

Princípios gerais a observar

- Partir sempre do comentário de texto e do diálogo com os filósofos estudados.

- Distinguir o que é uma ideia do(s) autor(es) ou uma posição nossa.

- Exprimir-se com rigor conceptual e clareza de linguagem.

- Recusar o pedantismo.

 

 

A revisão

– Tão importante como a elaboração do texto é a revisão.

– O seu texto destina-se a ser lido. Colocar-se no papel do potencial leitor.

– Rever cuidadosamente o português: conferir a ortografia (não são admitidos erros or­to­­gráficos!) e cuidar da sintaxe (a correcção da "letra" é condição da intel­i­gi­bili­dade das ideias).

– "Limpar" as repetições.

– Conferir cuidadosamente as citações.

– Cuidar do aspecto formal (itálicos, aspas - quando abertas, devem ser fe­cha­das -, no­tas de rodapé).

– Cuidar da apresentação. Escolher um tipo de letra sóbrio, o espaçamento (1,5 ou 2 linhas). Evitar "infantilidades": imagens, desenhos meramente decorativos.

 

 

 

Critérios de avaliação

Coerência da estrutura

Rigor dos conteúdos

Profundidade reflexiva

Correcção dos aspectos formais

Qualidade da escrita