Kavafis e Coetzee: a definição de fronteiras e de identidades
28 Novembro 2017, 15:00 • Ângela Fernandes
Leitura e comentário do poema “À espera dos bárbaros”, de Konstandinos Kavafis: a autodescrição dos que esperam, e a alusão contrastiva aos que são esperados; a prefiguração do bárbaro como “solução” na definição da identidade própria.
Comentário do romance Waiting for the Barbarians, de J.M. Coetzee, a partir de exposições orais preparadas pelos estudantes: a jovem mulher bárbara e a viagem do protagonista para a “devolver a casa”, e a explicitação da dificuldade de “interpretar” o mundo exterior às fronteiras da cidade; a descrição vívida do caos social e do estado de excepção, em que a violência e a tortura se tornam espectáculo público; a questão da escrita da vida e do registo da História, e a permanência da dúvida a propósito do valor das artes e do triunfo da memória.