Workshop II - 2021/22

  

Conteúdos programáticos

 

Módulo 1 (Maria João Brilhante)

 

Quatro sessões servirão para introduzir a questão da Investigação artística e os termos da disputa por uma ciência que alargue os conceitos de conhecer e conhecimento. A partir de textos de Fourmentraux, Bolt, Borgdorff e Johnson procuraremos compreender quais os nós górdios de uma ciência das artes performativas.

 

 

Módulo 2 (Ana Pais)

 

A teoria dos afectos abre um espaço de reflexão sobre aspectos da experiência tendencialmente menorizados – a saber, formas sensíveis da experiência mediada pelo corpo e o papel das emoções na configuração de uma rede de relações sociais, económicas e políticas (condicionamentos, preconceitos, afectos públicos) que determinam modos de vida – e particularmente relevantes num mundo pandémico, que nos afecta e condiciona de modos e intensidades diversificadas.

Entre efeitos e afectos, as artes performativas configuram as condições do encontro no espaço-tempo, o que acarreta necessariamente uma política de afectos implícita em dispositivos cénicos. A partir de leituras de textos de referência da teoria dos afectos e de reflexão crítica sobre espectáculos ou outras obras pertinentes para o debate, este seminário procura pensar os dispositivos cénicos e as políticas de afectos que eles determinam à luz dos conceitos de afecto público (Berlant), das economias afectivas (Ahmed) e da transmissão dos afectos (Brennan), dispositivo (Anderson) entre outros.

 

Avaliação

Um ensaio de cerca 10 páginas (TNR, 12, 1, 5) sobre tópico discutido nas aulas e que possa ser relacionado com o tema da pesquisa já iniciada para doutoramento.

                                                             Bibliografia

Módulo 1

 

FOURMENTRAUX, J.P. 2011. “L’art à l’épreuve de la recherche”, Artistes de Laboratoire, recherche et création à l’ère numérique, Paris : Hermann, pp.19-36 

 

BOLT, Barbara. 2016.  « Artistic research: a performative paradigm? » PARSE Journal #3 pp. 129-142

 

CALVERT, Dorys Faria. 2014. “Teatro e Neurociência: o despertar de um novo diálogo entre arte e ciência”. Revista Brasileira de Estudos da Presença, Porto Alegre, v. 4, n. 2, p. 223-248, maio/ago.

D i s p o n í v e l e m : < h t t p : / / w w w . s e e r. u f r g s. b r / p r e s e n c a >

 

BORGDORFF, Henk. 2010. “The production of knowledge in artistic research”, The Routledge Companion to Research in the Arts. Nova Iorque e Londres: Routledge, pp. 44-63

 

JOHNSON, Mark. 2010. “Embodied knowing through Art”. The Routledge Companion to Research in the Arts. Nova Iorque e Londres: Routledge, pp.141-151

Módulo 2

AHMED, Sara. 2004. The Cultural Politics of Emotion. 2nd editio. Edinburgh: Edinburgh University Press.

ANDERSON, Ben. 2016. Encountering Affect. Capacities, Apparatuses, Conditions. Nova Iorque e Londres: Routlege.

BERLANT, Lauren. 2011. Cruel Optimism. Durham e Londres: Duke University Press.

BöHME, Gernot. 1993. “Atmosphere as the Fundamental Concept of a New Aesthetics.” Thesis Eleven 36: 113–126.

BRENNAN, Teresa. 2004. The Transmission of Affect. Itaca: Cornell University.

GREGG, Melissa e SEIGWORTH, Gregory, ed. 2010. The Affect Theory Reader. Durham e Londres: Duke University Press.

MASSUMI, Brian. 1995. “The Autonomy of Affect.” Cultural Critique (31): 83–109.

MACÓN, Cecilia. 2014.  Género, afectos y política: Lauren Berlant y la irrupción de un dilemma, PDF

MUNOZ, José Esteban. 2006. “Feeling Brown, Feeling Down: Latina Affect, the Performativity of Race, and the Depressive Position.” Signs: Journal of Women in Culture and Society 31 (3): 675–688.

RIDOUT, Nicholas. 2008. “Welcome to the Vibratorium.” Senses & Society 3 (2): 221–231.

SAFATLE, Vladimir. 2016. O circuito dos afetos. Corpos politicos, desamparo e o fim do indivíduo. Belo Horizonte e São Paulo: Cosac Naify.

WELTON, Martin. 2012. Feeling Theatre. Houndmills: Palgrave.