Sumários

O Cristianismo na Península Ibérica

7 Fevereiro 2020, 12:00 Carlos Jorge Gonçalves Soares Fabião

O Cristianismo na Península Ibérica


As dificuldades em delimitar e bordar o tema a partir dos registos escritos: mais hagiográficos que históricos

O registo arqueológico: os mais antigos vestígios do Cristianimso no Ocidente Peninsular:

Concílios e bispos neles respresentados;

Registo Arqueológico: os Crísmons de Augusta Emerita (a chamda Casa do Decumanus), da villa da Quinta das Longas (Elvas) e de Tróia (Grândola)


Cronologia e Periodização da Antiguidade Tardia (em perspectiva ocidental)

4 Fevereiro 2020, 12:00 Carlos Jorge Gonçalves Soares Fabião

Cronologia e Periodização da Antiguidade Tardia (em perspectiva ocidental):
definição do conceito de Antiguidade Tardia em Peter Brown, século II aos inícios do VIII, e como o conceito se revela particularmente operativo para a Arqueologia da Península Ibérica.Principais etapas e transformações estruturais que podemos identificar neste extenso período cronológico:
1. O Império romano dos Severos;2. A chamada "crise do século III" suas características e impactes diferenciados;3. O Império da Tetrarquia e suas transformações;4. A continuidade das "crises" e as migrações de "bárbaros";5. A configuração de novos reinos, novas unidades políticas, na Península Ibérica.
Um período com registos escritos e a dificuldade em compatibilizar tais registos com o registo arqueológico: a Crónica de Idácio de Chaves, como exemplo.

Hydace, Chronique (Introduction, texte critique et traduction Tranoy, A.). 2 vols. Paris : Les Éditions du Cerf, 1974 (Sources Chrétiennes, 218).

Uma antologia traduzida para português em:

Cardoso, José Crónica de Idácio descrição da invasão e conquista da Península Ibérica pelos Suevos (Séc. V). Braga: Universidade do Minho, 1982.



O quadro cronológico da Antiguidade Tardia e os seus principais marcos

31 Janeiro 2020, 12:00 Carlos Jorge Gonçalves Soares Fabião

No início da aula, foram apresentadas as propostas de realização de trabalhos práticos relacionados com a UC:


Arqueologia da Antiguidade Tardia                                                          

Propostas de trabalhos práticos:

O debate conceptual da Antiguidade Tardia.


1.   O estudante deverá realizar uma ficha de leitura sobre uma das seguintes obras:

 

BROWN. P. (1971) – O fim do Mundo Antigo: de Marco Aurélio a Maomé. Lisboa: Verbo.

 

MARROU, H. I. (1979 ) - Decadência romana ou antiguidade tardia?  Lisboa : Aster.

 

WARD-PERKINS, B. (2005) – The Fall of Rome and the end of Civilization. Oxford. Oxford University Press (há tradução portuguesa na editora Alethéia).

 

2.   O estudante pode optar por realizar uma ficha de leitura de uma destas obras ou várias fichas de leitura, uma por cada .

 

3.    O estudante poderá optar pela realização de um trabalho onde analise e compare as teses defendidas em duas destas obras:

 

BROWN vs. WARD-PERKINS


O quadro cronológico da Antiguidade Tardia e os seus principais marcos:

O Império Romano desde os finais do Sèculo II aos inícios do V:

A peste Antonina
A chamada Crise do Século III: Crise política e crise económica
As reformas administrativas;
A emergência do Cristianismo e a sua transformação em Religião de Estado;
A continuação da instabilidade e as migrações de populações exteriores ao Império




Apresentação e comentários ao Programa da Unidade Curricular e respectiva bibliografia

28 Janeiro 2020, 12:00 Carlos Jorge Gonçalves Soares Fabião

Apresentação e comentários ao Programa da Unidade Curricular e respectiva bibliografia:
  Arqueologia da Antiguidade Tardia

3º ano                                                                                    2º Semestre – Teórico-prática

Docente: Carlos Fabião, Professor Associado

 

 

Programa

 

Introdução/Metodologia.

1.1. Âmbito cronológico e enquadramento conceptual da Arqueologia pós-romana no Ocidente.

1.2. A Antiguidade Tardia, sua definição conceptual e materialidade arqueológica

1.3. Principais elementos caracterizadores da Antiguidade Tardia na Península Ibérica e em especial, no território actualmente português.

1.4. As informações das fontes escritas: seus contributos e limitações.

1.5. As dificuldades no estabelecimento de cronologias.

1.6. Perspectivas da investigação

 

2.1. As dificuldades na definição conceptual dos principais elementos caracterizadores deste período: uma efectiva ruptura ou somente algo de progressivamente diferente?

 

2.2. O Ocidente Peninsular entre o período do “Baixo Império” e a época "suevo-

visigótica", (séc.V-VIII). Aspectos da evolução política.

 

2.3. Permanências e retracções do espaço urbano.

2.3.2. Dificuldades na caracterização arqueológica das cidades neste período.

                        2.3.3. Análise de casos concretos de evolução dos perímetros urbanos.

2.3.4. Introdução dos edifícios religiosos cristão em meio urbano. Estudo de casos concretos.

 

2.4. A evolução do mundo rural.

                        2.4.1. A evolução das villae. Estudo de exemplos.

2.4.2. O contexto do surgimento das basílicas paleocristãs em meio rural. Estudo de exemplos.

           

            2.5. Continuidades na exploração dos recursos (minas, pedreiras e recursos marinhos); continuidades nas redes de povoamento e nos sistemas de distribuição (uma avaliação arqueológica)

2.5.1. Principais produções cerâmicas presentes na Peninsula Ibérica (séc. III-VII).

Sigillata africana, foceense tardia e paleocristã; as ânforas e outras cerâmicas.

2.5.1.1. Aspectos metodológicos a considerar no estudo das produções cerâmicas deste período.

                        2.5.1.2. Caracterização dos fabricos, cronologia, origem e difusão.

 

            2.6. Os elementos ornamentais: tipologias e influências

 

2.7. A Arqueologia da Morte na Antiguidade Tardia

 

2.8. Perspectivas da investigação.

 

 

 

 

 

Bibliografia (básica)

 

Para a discussão do tema da Antiguidade Tardia:

 

BROWN. P. (1971) – O fim do Mundo Antigo: de Marco Aurélio a Maomé. Lisboa: Verbo.

GARNSEY, P.; HUMFRESS, C. (2001) – The evolution of the Late Antique World, Cambridge: Orchard Academic.

GOLDSWORTHY, A. (2010) – O Fim do Império Romano. Lisboa: Esfera dos Livros.

WARD-PERKINS, B. (2005) – The Fall of Rome and the end of Civilization. Oxford. Oxford University Press (há tradução portuguesa na editora Alethéia).

 

e ainda, como obra de referência:

 

BROWN, P.; BOWERSOCK, G. W.; GRABAR, O. (dir.) (1999) Late Antiquity: a guide to postclassical world. Cambridge / Belknap Press of Harvard University Press.

 

Geral para o território peninsular:

 

ALMEIDA, C.A.F., História da Arte em Portugal. Arte da Alta Idade Média, Lisboa.

BOUARD, M. e RIU, M., Manual de Arqueologia Medieval. De la Prospección a la Historia, Barcelona, Teide, 1977

GARCÍA MORENO, L. A., (1989) Historia de España Visigoda, Madrid, Catedra.

MARQUES, A. H.; LEGUAY, J.-P; BEIRANTE, A. (1993) Nova História de Portugal, II das invasões germânicas à “Reconquista”, Lisboa: Presença.

MATTOSO, J. (dir.), História de Portugal, 1º vol., Lisboa, Círculo de Leitores, 1993.

MEDINA, J. e GONÇALVES, V. S. (dir.), História de Portugal, 3º vol., Amadora, Ediclube, 1993.

Actas das Reuniões de Arqueologia Cristã Hispânica.

 

Materiais arqueológicos:

 

Ânforas da Antiguidade Tardia (geral e da Hispania em particular):

 

http://ads.ahds.ac.uk/catalogue/archive/amphora_ahrb_2005/search_dl.cfm?pdate=5,1st century AD

 

http://amphorae.icac.cat/

 

 

Cerâmicas finas:

 

http://dicocer.syslat.net/

 

 

Outra bibliografia mais específica será indicada no decurso do ano lectivo

Bibliografia adicional, para temas específicos do programa, será indicada no decurso das aulas.

 

Uma vez exposto o Programa e comentada a Bibliografia, esclareceram-se as normas de avaliação que vigorarão na UC:


Normas de Avaliação

 

Em conformidade com o disposto no Regulamento Geral de Avaliação da FLUL, estabelece-se:

 

1-) O regime de avaliação em vigor é um regime contínuo, que exclui qualquer prova final com carácter eliminatório ou definitivo, como eventual substituto da avaliação realizada ao longo do semestre.

 

2-) Um dos elementos de avaliação terá de ser obrigatoriamente uma prova escrita presencial de carácter individual, com tempo limitado (podendo o aluno recorrer a todos os elementos de consulta que consigo tiver).

 

3-) É necessária a realização de, pelo menos, duas provas de avaliação, das quais uma será obrigatoriamente uma prova escrita presencial de carácter individual.

 

Assim, os alunos que não tiverem realizado um mínimo de duas provas, das quais uma delas obrigatoriamente uma prova escrita presencial de carácter individual não poderão ser avaliados, surgindo na pauta final a indicação de sem avaliação

 

Ao longo do ano lectivo, os alunos serão convidados a realizar provas de diversos tipos, entre as quais provas escritas presenciais de carácter individual; trabalhos (que podem ser individuais e/ou colectivos); comentários; apresentações e participação em debates.

 

A classificação final na disciplina é constituída pela média aritmética das classificações obtidas nas duas melhores provas realizadas, sendo uma delas, obrigatoriamente, a classificação obtida em uma prova escrita presencial de carácter individual.

 

Estas disposições foram comunicadas aos alunos presentes na primeira aula da unidade curricular.