Sumários
A formação da arte islâmica
21 Março 2023, 12:30 • Joaquim Manuel Rodrigues dos Santos
O início do Islão: contextualização histórico-religiosa e as recepções do Judaísmo e do Cristianismo. A fragilidade dos impérios bizantino e sassânida e o aproveitamento islâmico para a sua expansão. Os califados islâmicos e os territórios de expansão: da Península Ibérica e Magrebe ao Hindustão. As fases de desenvolvimento da arte islâmica, da adopção de modelos tardo-romanos, bizantinos e persas à definição de modelos próprios. Questões prévias para compreensão da arte islâmica e o estudo de alguns exemplos iniciais. Influências das culturas pré-islâmicas na arte islâmica: capitéis, mosaicos planimetria basilical, fortificações tardo-romanas, a planimetria da Basílica de Santa Sofia em Istambul como modelos de mesquitas otomanas. A Caaba, a Grande Mesquita de Damasco, a Cúpula da Rocha, os alcáceres e palácios do deserto jordano, a Mesquita Azul de Istambul.
Querela das imagens e pós-iconoclastia
16 Março 2023, 12:30 • Joaquim Manuel Rodrigues dos Santos
A Querela das Imagens em Bizância (séc. VIII e IX): iconoclastia e iconofilia. Contextualização histórica, política e religiosa do advento das ideias iconoclastas e seus antecedentes. Os iconófilos e a apologia da imagem: o ícone como portador de simbolismos religiosos, como educador da comunidade e como expressão de cariz divino. Os exemplos de imagens aceites pelos iconoclastas – cruzes e motivos geométricos ou florais estilizados. A revogação das ideias iconoclastas e a proliferação da arte figurativa no Império Bizantino. Os mosaicos pós-iconoclásticos da Basílica de Santa Sofia em Constantinopla, no Mosteiro de Dafne, no Mosteiro Novo de Chios, na Igreja de Santo David em Tessalónica e, exteriormente ao Império Bizantino, na Igreja de Santa Maria Assunta em Torsello e na Basílica de São Marcos em Veneza. As características diferenciadores dos mosaicos bizantinos da Segunda Idade de Ouro da arte bizantina e o renascimento de características estéticas tardo-clássicas e paleocristãs. A pintura mural como substituto barato, fácil e rápido dos painéis de mosaico religioso e as novas possibilidades estéticas aplicadas: Igreja de São Salvador em Chora (Constantinopla), e as igrejas da Capadócia. As miniaturas, iluminuras e ícones bizantinos e a sua expressão no mundo cristão ocidental e oriental. A escultura de baixo-relevo nos elementos decorativos arquitectónicos e, sobretudo, na arte do marfim. A arte do esmalte cloisonné, um desenvolvimento bizantino único.
Definição da arte bizantina inicial
14 Março 2023, 12:30 • Joaquim Manuel Rodrigues dos Santos
Arte bizantina, arte paleocristã e arte tardo-clássica: diferenças e continuidades. Os mosaicos como marco artístico fundamental da arte bizantina e as razões para a escassez de exemplares relativos à Primeira Idade de Ouro da arte bizantina. Os mosaicos em Constantinopla: remanescências civis do Palácio Imperial de Constantinopla e os azulejos religiosos não-figurativos da Basílica de Santa Sofia. O Exarcato bizantino como grande repositório da arte do mosaico justiniano: Igreja de São Vital, Basílica de Santo Apolinário em Classe e Basílica de Santo Apolinário Novo, em Ravena. Os mosaicos imperiais da Igreja de São Vital como paradigmas da estética justiniana na arte do mosaico. Os mosaicos na periferia do Império Bizantino: Igreja de São Demétrio em Tessalónica, Igreja de São Jorge em Madaba, Igreja dos Santos Lot e Procópio em Nebo, Mosteiro de Santa Catarina do Monte Sinai. A pintura mural bizantina: Igreja de Santa Maria Antiqua em Roma, Necrópole de El-Bagawat no Egipto, Mosteiro de Santiago o Mutilado em Qara. Os ícones como objectos portáteis de veneração cristã no mundo bizantino. Os baixo-relevos teodosianos e os capiteis justinianos rendilhados.
A segunda Idade de Ouro bizantina
9 Março 2023, 12:30 • Joaquim Manuel Rodrigues dos Santos
Evolução histórica do Império bizantino – a expansão sob o reinado do imperador Justiniano I, a retracção face ao avanço dos islamismo, a recuperação com o imperador Basílio I, o enfraquecimento com as invasões dos turcos seljúcidas, a breve retoma proporcionada pelo apoio das Cruzadas, e a queda final face ao avanço dos turcos otomanos, com a tomada de Constantinopla em 1453. O modelo arquitectónico mais relevante da Segunda Idade de Ouro da arte bizantina: a igreja quincuncial, com naos, nártex, bema, prótesis, diacónico, iconóstase e parekklesion. As várias igrejas de Constantinopla como exemplos paradigmáticos que foram sendo seguidos pelos territórios bizantinos. O Mosteiro de São Lucas, na Grécia, como exemplo dos mosteiros bizantinos da Segunda Idade de Ouro, os mosteiros do Monte Atos como receptáculos da diversificação de soluções e do comunitarismo monástico, e os mosteiros de Meteora como exemplares bizantinos tardios de comunidades religiosas ortodoxas nos Balcãs. A presença bizantina no sul de Itália e em Veneza, e as repercussões dos modelos planimétricos bizantinos. A auto-proclamação da Rússia como herdeira dos valores imperiais romanos e ortodoxos e o seu reflexo na arquitectura religiosa eslava.
Génese da arquitectura bizantina
7 Março 2023, 12:30 • Joaquim Manuel Rodrigues dos Santos
A divisão definitiva do Império Romano em 395, depois da morte do imperador Teodósio I, nas partes ocidental e oriental. As invasões dos povos germânicos no séc. V e a queda do Império Romano do Ocidente em 476, por oposição à prosperidade e expansão do Império Romano do Oriente – doravante designado como Império Bizantino – sob o reinado do imperador Justiniano I, que reconquistou vastos territórios nas margem do Mediterrâneo (Península Itálica, sul da Península Ibérica e Norte de África). O crescente processo de divisão do Cristianismo, que deflagrou no cisma religioso concretizado em 1054 e levou à separação da Igreja Católica e da Igreja Ortodoxa; a independência política do Papa em Roma, e a submissão do Patriarca de Constantinopla perante a união dos poderes espiritual e secular do imperador bizantino. As confirmação de Constantinopla como “Nova Roma” pelos imperadores Teodósio I e Teodósio II: obras públicas (Fórum de Teodósio, muralhas de Constantinopla) e monumentos públicos (obeliscos, arcos triunfais). A mudança de paradigma de Constantinopla como “Nova Jerusalém” sob a égide do imperador Justiniano I: obras públicas na Primeira Idade de Ouro da arte bizantina (Palácio Imperial de Justiniano, Cisterna da Basílica, Coluna de Justiniano). A Basílica de Santa Sofia como expoente máximo da arquitectura bizantina, com repercussões futuras. As obras em Ravena, capital do Exarcato bizantino: Basílica de Santo Apolinário em Classe como continuação do modelo basilical, e Igreja de São Vital no seguimento das plantas centradas circulares ou poligonais.