Apresentação
20 Setembro 2017, 10:00 • Pedro Lapa
ARTE CONTEMPORÂNEA (GERAL)
1º semestre, 2017-2018
Introdução
A modernidade, o moderno e o modernismo.
Uma revisão sintética do final de século XIX:
— Manet, o primeiro modernista. A consciência da superfície e a destituição da representação mimética naturalista. A suspensão narrativa.
— O Impressionismo. A reconfiguração da pintura de ar livre. A luz e a cor.
Monet e a dissociação cromática da luz. A percepção e a diluição do desenho. O informal e a cor na série Nympheas.
— O pós-impressionismo. Cézanne e a reconstrução do espaço. A pincelada como sensação e a sua relação com o plano pictórico.
I
Picasso e o “primitivismo”. As demoiselles d’Avignon, uma pintura manifesto do modernismo emergente. A radicalização do primado construtivo sobre a conceção mimética.
1910 a emergência do Cubismo Analítico na obra de Picasso e Braque. O primado bidimensional do plano pictórico. A tese de Metzinger e Gleizes sobre a síntese dos dados perceptivos e a tese de Kanweiller sobre a dicotomia entre percepção e plano bidimensional.
1912-13 o Cubismo sintético. Braque, Picasso e a colagem. A revolução semiótica da linguagem do Cubismo Sintético e a destituição do valor icónico.
II
O Futurismo. Relação entre vanguarda e cultura popular. Sinestesia e cinestesia. Analogia entre a significação pictórica e as novas tecnologias da visão como a cronofotografia e o cinema. A condenação do passado e o desejo de rotura. Os limites do Futurismo.
III
As características da Abstração no quadro das primeiras vanguardas modernistas.
Os vários contextos de emergência da abstração na Europa. A dialética entre as posições materialistas e idealistas.
O Simulataneísmo de Robert e Sonia Delaunay: simultaneidade entre pintura e perceção.
Kandinsky: a herança simbolista e o gesto expressivo.
Malevich e o Suprematismo: a pintura como marca denotativa.
Mondrian: a grelha como ícone do modernismo.
IV
Marcel Duchamp e o Dadaísmo. Da pintura cubista para uma pintura diagramática.
O readymade e as questões ontológicas, epistemológicas e institucionais. O primado nominativo da obra de arte.
O acaso e o índice. A destituição dos limites autorais e a revolução indiciária da discursividade artística em Duchamp.
V
O Surrealismo. Os Manifestos do Surrealismo e a Révolution surréaliste de André Breton.
O primado do inconsciente e a relação com a psicanálise. O automatismo e o “estranho inquietante”. A pintura de Giorgio Chirico, Max Ernst, Salvador Dalí, Joan Miro e René Magritte.
A fotografia de Man Ray.
VI
A situação do modernismo no pós-guerra.
Os novos desenvolvimentos da espacialidade pós-cubista:
a) Do automático ao autográfico, a emergência do expressionismo abstrato norte-americano (Hans Hofmann, Jackson Pollock, Willem de Kooning, Robert Motherwell, Clyfford Still, Mark Rothko, Barnett Newman);
b) A arte informal define uma nova tendência escatológica na arte francesa: Jean Dubuffet, Wols e Fautrier
VII
A generalização da modernidade.
a) A revolução cinética: o olho-motor da Op Art e o movimento aleatório (Vasarely, Soto, Agam, Buri, Tinguely).
b) Pintura e vanguarda: depois do expressionismo abstracto (Mark Rothko, Barnett Newman). A grelha e o monocromático (Ad Reinhardt, Robert Ryman e Agnes Martin).
VIII
A modernidade crítica.
O Neo-dadaísmo: o acaso, o índice e os signos quotidianos contra a expressão autográfica. A fusão objecto-pintura (Robert Rauschenberg, Jasper Johns).
BIBLIOGRAFIA GERAL:
Hal Foster, Rosalind Krauss, Yve-Alain Bois, Benjamin Buchloh, David Joselit — Art Since 1900. London: Thames & Hudson, 2012
Nikos Stangos (ed.) — Conceitos da arte moderna. Rio de Janeiro: Zahar Ed. , 2006.
Stephen S. Eisenman et al. — Nineteenth Century Art: A Critical History. London: Thames & Hudson, 2011