Wu Yonggand, "Shennu" ("A Divina") (1934)

16 Novembro 2017, 10:00 Fernando Guerreiro

1. um "melodrama de esquerda": urbano e social; 2.  a "Divina" como personagem duplo (mâe/ prostituta) com ambivalência inscrita no nome (Nu Shen:deusa/ Shennu: prostituta); o par iconizado mãe/filho (ausência de uma problemática do desejo); 3. não estrictamente um Melodrama nem cinema (tradicional) do plano: modulação da forma que a torna mais solta/ fluida: subjectivação, câmera móvel,  uso do grande plano (de objectos ou desfocado/dramático), profundidade de campo (estruturada pelo "vazio"); 4. cinema mais visual (do Tempo) que narrativo (acção); minimalismo do décor s simbolismo dos objectos; a marca de Griffth (vd. "O Lírio Quebrado) e o modelo de actriz de Lilian Gish; 5. plano da estrutura: oposição então motivo da "grelha" (claustrofobia) e a "iluminação" do plano;  o motivo do "esconderijo" como hieróglifo do filme; efeito final de sublimação pela luz: magnificação do cinema.  
* projecção de um dvd do filme