Vertigo (1958), Alfred Hitchcock

18 Abril 2018, 16:00 José Bértolo

Continuação do visionamento comentado de Vertigo: planos subjectivos e afinidades de percepção entre personagens e o espectador; enquadramentos de segundo grau (quadros dentro do quadro da imagem); picados e contrapicados como forma de acentuar uma ideia de verticalidade; Carlotta Valdes como figura ausente do filme (afinidade com Rebecca, no filme homónimo de A. Hitchcock [1940]); o anel no cabelo de Carlotta/Madeleine como figura simbólica do filme; Midge como mulher preterida (desconhecida); a sobreimpressão dos rostos de Carlotta Valdes e Madeleine Elster; cenas de perseguição: voyeurismo, vigilância, aproximação, gaze; a sequência da carta como emblemática do filme: perversão das dinâmicas usuais de (co-)presença e ausência e perturbação das temporalidades; deambular VS dirigir-se a um lugar conhecido (teleologia); o dolly shot (ou Vertigo effect); a morte de Madeleine como repetição da morte do polícia na sequência inicial; figuras da loucura: Madeleine na primeira parte do filme e Scottie depois da sequência de tribunal; identificação de diversas estruturas de repetição (de figuras, de lugares, de planos, de situações); a sequência do sonho.