Sumários

Teste

4 Junho 2018, 16:00 José Bértolo

Realização do teste final. 


Os alunos serão contactados por e-mail para agendamento de uma reunião final.


Odete (2005), João Pedro Rodrigues

30 Maio 2018, 16:00 José Bértolo

Conclusão do visionamento de Odete: continuação da análise dos elementos previamente caracterizados; o ponto de vista partilhado do cemitério e do quarto de Pedro; novas configurações do beijo inicial, até à última e definitiva; a metamorfose física de Odete, acompanhando a sua metamorfose anímica; a repetição, com variação, da cena inicial no fim do filme, com a troca dos anéis e o beijo; o epílogo: o cartaz de Tarnished Angels, de Douglas Sirk, a nomeação enquanto meta da metamorfose ("chama-me Pedro"); o acto sexual enquanto mais uma figura simbólica - simultaneamente "falsa" e "verdadeira" do filme (à semelhança do casamento inicial e da gravidez); a citação a The Ghost and Mrs. Muir (1947), de Joseph L. Mankiewicz.


Considerações finais acerca do programa da cadeira e da metodologia de trabalho adoptada ao longo das sessões. A importância da leitura atenta e crítica de filmes para uma compreensão aprofundada dos processos segundo os quais o cinema se faz.

TESTE:
2.ª feira, dia 4
16h-19h
Sala 7.1


Odete (2005), João Pedro Rodrigues

28 Maio 2018, 16:00 José Bértolo

Continuação do visionamento de Odete: relações intertextuais ( Benilde ou a Virgem Mãe, de Manoel de Oliveira; Written on the Wind, de Douglas Sirk; She Wore a Yellow Ribbon, de John Ford; filmes sobre ménages à trois); os antúrios: amor e hospitalidade; o trabalho sobre os espaços: a casa de Odete e a casa de Pedro (o cemitério); a gravidez de Odete enquanto símbolo da possessão (uma nova vida dentro dela); os motivos literários e cinematográficos da "morte em vida" e da "vida na morte"; encontro de Pedro e Rui e nova figuração do beijo (repetição dos dois beijos anteriores, numa nova configuração particular).


Odete (2005), João Pedro Rodrigues

23 Maio 2018, 16:00 José Bértolo

Início do visionamento de Odete (2005), de João Pedro Rodrigues: enquadramento do filme no contexto das obras modernas, de matriz clássica, analisadas na segunda parte do programa; aspectos formais (cinema clássico, o género do melodrama) e aspectos conteudísticos (história de fantasmas, possessão, amour fou, a porosidade entre a vida e a morte); análise pormenorizada da primeira sequência ( incipit): a imagem matricial, a importância simbólica do beijo, a imagem abstracta ligada à dimensão conceptual do filme, o trabalho visual sobre o anel, os votos de casamento enquanto primeira instância de algo falso que possui um grau de verdade; Moon River enquanto música do casal, elemento intertextual ( Breakfast at Tiffany's) e figura do filme; a promessa de uma prova de amor, e Odete enquanto concretização dessa prova de amor; o acidente fora de campo; pietà; relação intertextual com Ghost (1990, Jerry Zucker), do qual se visionou e analisou uma sequência citada por Rodrigues no seu filme; a incapacidade de Pedro de dizer "as últimas palavras": falência da linguagem e abertura do filme a um novo regime de eloquência; análise de movimentos de câmara (efeito de quiasmo entre os travellings inicial e final da sequência); o anel como figura do filme (1. a nível narrativo: o filme acompanhará a viagem do anel; 2. a nível simbólico: símbolo da união de Pedro e Rui; 3. a nível formal: a circularidade do anel é replicada pela estrutura do filme, que visa replicar no final a sequência inicial).

Continuação da análise do filme: a utilização de "Both Sides Now", de Joni Mitchell (versão de Andy Williams), na banda sonora: a confluência de diversos "dois lados"; Odete como o filme resultante de duas histórias distintas (a de Pedro e Rui, e a de Odete); a problemática do título e o protagonismo de Odete; a caracterização de Odete como pessoa "oca" (infantil, sugestionável, carente, histérica), sem dimensão psicológica, e, portanto, receptível à possessão; a cena do autocarro: sobreimpressão e fantasma, metáforas visuais de espectralização, desmaterialização, perda de inteireza.


La mala educación (2004), Pedro Almodóvar

21 Maio 2018, 16:00 José Bértolo

Conclusão do visionamento de La mala educación: continuação da análise dos mesmos tópicos que vinham sendo abordados desde as duas aulas anteriores; auto-reflexividade,  mise en abyme e efeito droste; o flashback de senhor Berenguer e um novo "filme dentro do filme"; Ignácio enquanto protagonista ausente; a vida a imitar a arte e a convocação de filmes do universo noir ( La bête humaine, Thérèse Raquin, Double Indemnity).


O próximo filme a ser estudado em aula será Odete (2005), de João Pedro Rodrigues.