Interlude (1957), Douglas Sirk

11 Abril 2018, 16:00 José Bértolo

Conclusão do visionamento de Interlude: a subversão da comédia romântica que havia sido anunciada no início do filme; a afirmação do melodrama; a estrutura de duplos: Helen Banning como protagonista da sua narrativa, mas como personagem secundária (a outra mulher) na narrativa de Reni Fischer (e Interlude como um filme que se constrói sobre a confluência destas duas narrativas); o exemplo modelar de Jane Eyre, de Charlotte Bronte: visionamento de uma sequência da adaptação homónima de Robert Stevenson, de 1943; mulheres desconhecidas: uma questão de perspectiva; análise pormenorizada da sequência de Interlude no pavilhão anexo à mansão dos Fischer: o retrato enquanto figura visual a partir da qual o filme revela a estrutura de duplos; tensões entre sonho e pesadelo, realidade e ilusão; discussão de algumas questões relacionadas com a especificidade da linguagem cinematográfica (o uso dramático da luz, o uso do ecrã largo [aqui, o cinemascope], o uso simbólico da cor, das flores e dos espelhos, etc.); análise do happy ending forçado ao cineasta pelos estúdios; o regresso de Helen aos Estados Unidos, no final, enquanto forma de consubstanciar o título do filme, que, começando e terminando com a deslocação da protagonista, adquire assim uma macroestrutura que responde directamente ao título (o filme documenta um interlúdio na vida desta mulher).


Recapitulação de datas importantes:
  • 1.º exercício escrito presencial: 30 de Abril
  • Prazo para comunicar o tópico do trabalho final: 6 de Maio
  • 2.º exercício escrito presencial: 4 de Junho (à hora da aula, 16h, em sala a definir)
  • Entrega do trabalho final: 15 de Junho