"Shirin" de Abbas Kiarostami: a epifania do rosto

13 Outubro 2015, 12:00 Fernando Guerreiro

1. uma prática das imagens no quadro de uma cultura iconófoba: uma concepção não mimética ou figurativa mas  ornamental/ decorativa das imagens;

2. um cinema do real: 2.1. uma ética do olhar e do respeito pelas coisas; 2.2. abertura ao acaso do real e ao imprevisto da forma; 2.3.crítica do ilusionismo mimético; 2.4. dissociação do signo cinematográfico; 2.5. mais presentificação do que representação;
3. "Shirin" (2009): um dispositivo (teoria) do cinema; 3.1. a sala de cinema como câmera escura com ecrã como interface com o imaginário do espectador; 3.2.o Som como 3D da imagem; 3.3. construção (escultura) do rosto do espectador; 3.4. um cinema mental e da fala
 * projecção do final de "Rainha Cristina" de R. Mamoulian e dos 20mn finais de "Shirin"
Bibliografia: texto de A. Bazin ("A evolução da linguagem cinematográfica") na pasta da cadeira (ler para aula de 5ªf); textos de Jean-Luc Nancy e Alberto Helena na Antolg.