"Shirin" de Abbas Kiarostami: a epifania do rosto

8 Março 2017, 12:00 Fernando Guerreiro

1. uma prática das imagens no quadro de uma cultura iconófoba: uma concepção não mimética ou figurativa mas ornamental/ decorativa das imagens;
2. uma cinema do real: 2.1. uma ética do olhar e do respeito pelas coisas; 2.2. abertura ao acaso do real e ao imprevisto da forma; 2.3. crítica do ilusionismo mimético; 2.4. dissociação do signo cinematográfico; 2.5. mais presentificação do que representação;
3.  "Shirin" (2009): um dispositivo (teoria) do cinema: 3.1. a sala de cinema como câmera escura com ecrã como interface com o imaginário do espectador: 3.2. o Som como 3D da imagem; 3.3. construção (escultura) do rosto do espectador.
* projecção dos 15mn finais do filme e da cena do "ícone" de "Mata-Hari" com Greta Garbo