Descrição:
Esta Unidade Curricular estuda a produção artística ocidental no período entre 1905 e 1970. O seu âmbito histórico e teórico organiza-se em três blocos. O primeiro centra-se nos desenvolvimentos do modernismo e na emergência das vanguardas históricas europeias entre 1905 e 1935 (Fauvismo, Cubismo, Futurismo, Abstração, Dadaísmo, Construtivismos e Surrealismo). Será prestada uma particular ênfase à crise da representação e às sucessivas determinações do objeto artístico na sua relação com a industrialização do mundo moderno.
O segundo momento aborda as modificações do modernismo e da vanguarda no pós-guerra e a afirmação dos EUA como nova centralidade, numa época de rutura civilizacional produzida pelo Holocausto e de destruição dos conceitos tradicionais da subjetividade humanista, a par da aniquilação das formações identitárias dos estados-nação. As questões principais focam-se na paridade e diferença entre os desenvolvimentos do modernismo (Expressionismo Abstrato, Informalismo, Color Field) e o início da revisão das vanguardas (Neodadaísmo, Independent Group), situação que vem complexificar o modernismo numa ampla rede de diferenças.
O terceiro momento reflete sobre a superação do modernismo e o poder crescente da cultura dos mass media a par do incremento da revisão do legado das vanguardas, em particular de Marcel Duchamp, pelos novos movimentos das neovanguardas (Pop Art, Nouveau Réalisme, Fluxus, Minimalismo, Beuys, Conceptualismo).
O objetivo central desta Unidade Curricular consiste em dar a conhecer e familiarizar o aluno com a produção artística histórica deste período e com as interrogações que os artistas e movimentos levantaram relativamente ao entendimento do objeto artístico, ao seu reconhecimento e às suas possibilidades. Através das várias fontes bibliográficas procurar-se-á clarificar as diferenças de metodologias de abordagem e os consequentes resultados interpretativos da produção artística.
Requisitos e avaliação:
Conhecimentos básicos de inglês para a leitura dos ensaios.
Assiduidade às aulas e participação obrigatória nas análises e interpretações das obras, bem como nas discussões suscitadas pelo professor (10%).
Realização de dois testes (45% +45%).
Bibliografia:
Manuais de consulta permanente
Hal Foster, Rosalind Krauss, Yve-Alain Bois, Benjamin Buchloh, David Joselit, Art Since 1900, 3ª ed. Londres: Thames & Hudson, 2016, designado HA1
H. H. Arnason, Elizabeth C. Mansfield, History of Modern Art ,7ª ed. New Jersey: Pearson, 2013, designado HA2
Estas Histórias da Arte são os manuais que proporcionam abordagens introdutórias aos artistas e movimentos estudados em aula e servem como instrumentos de consulta para verificação de factos e datas, bem como de imagens das obras. As metodologias destas histórias da arte são diferentes pelo que se aconselha para cada tema a leitura prévia da segunda indicada na lista, geralmente mais introdutória, e posteriormente a primeira, mais interpretativa e integrada nos objetivos da UC.
A leitura destes manuais, em particular dos capítulos indicados, é imprescindível para o acompanhamento das aulas. Para além destes manuais existem outros ensaios relevantes que são indicados para cada sessão no plano detalhado do curso disponibilizado na plataforma e-learning e no sumário de cada aula.
Os textos da bibliografia são disponibilizados em pdf na plataforma e-learning do site da Faculdade de Letras.