Das florestas às nuvens

17 Fevereiro 2016, 14:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

Breve recuperação do documentário sobre o Projecto de Esquinas na Costa Rica, a propósito das características de uma floresta chuvosa: densidade de espécies situadas em regiões tropicais; cenário único em todo o Planeta; reminiscências das selvas pré-históricas; impossibilidade de abrangência da totalidade do que se vê e que nos esmaga. Este tipo de floresta contém mais de metade dos organismos vivos conhecidos. A presença abundante da água (todas as tardes entre as 17 horas e as 18 horas) cria as condições ideais para a sua proliferação. Voltaremos a este assunto quando estivermos a trabalhar obra de Alexander von Humboldt.

 

O que nos liga às nuvens e de como a sua poeira gasosa nos pode inspirar.

Aprender a reconhecer as formas das nuvens sem lhes retirar beleza, ferocidade e poeticidade.

Comentário ao Manifesto da Sociedade de Apreciação das Nuvens da autoria de Gavin Pretor-Pinnay e referências pontuais ao capítulo I dedicado às nuvens baixas.

Visionamento de uma conversa do autor sobre os apelos que as nuvens podem exercer em nós. Breve discussão sobre este assunto.

A contemplação de nuvens como um gesto democrático, sem aparente finalidade, como atitude terapêutica, como capacidade de interpretação artística e estética.

A dimensão abstracta de uma nuvem, o seu aparecimento e desaparecimento dinâmicos. A sua condição elementar no contexto atmosférico e meteorológico.

O horizonte da nossa experiência estética propiciado pela infância e pela relação com o fenómeno da imitação.

Como implementar a consciência de que o carácter abstracto e espontâneo mas não casual das formas das nuvens propicia observação distinta: 1. Aquela que procura na formação nebulosa outras formas já conhecidas ou próximas; 2. Aquela que aceita a forma da nuvem como pura expressão da sua presença. Em ambos os casos estamos perante um jogo de imaginação que deverá consubstanciar-se na condição física do fenómeno meteorológico: vento, altitude, humidade, poluição e outros factores afins.

Pequeno encontro com pintura de Mark Rothko sobre a arte abstracta mas concreta na contextualização da forma da nuvem e a vontade de representação na construção de um contexto pictórico.

A tabela taxonómica de Luke Howard.

 

Leitura recomendada:

PRETOR-PINNEY, Gavin 2007, O Mundo das Nuvens – História, Ciência e Cultura das Nuvens, tradução de Sofia Serra, Cruz Quebrada: estrelapolar, pp. 50-121.

Endereços electrónicos sugeridos:

 

http://en.wikipedia.org/wiki/Cloud_Appreciation_Society

 

http://cloudappreciationsociety.org/

 

https://www.ted.com/talks/gavin_pretorpinney_cloudy_with_a_chance_of_joy