O mito da cidade
12 Outubro 2020, 14:00 • Patrícia Soares Martins
Um novo mito, o da cidade moderna,torna-se perceptível nas artes em França, entre a Monarquia de Julho e a República de 1848 (Cf. Roger Caillois, "Paris, Le mythe moderne"). A cidade é fonte de inspiração, implicando a invenção de novos géneros e de um novo "herói" urbano: O surgimento de uma literatura de massas com Paris como palco da acção, da literatura de folhetim e das fisiologias (de Eugène Sue e seus congéneres) onde se radiografa a vida parisiense, ao policial e ao novo "romance de aventuras" em que o deserto e a savana (por ex. de Fenimore Cooper) são transpostos para o ambiente urbano (como em
Le Moican de Paris, de Alexandre Dumas). As origens do policial (Poe, "The man of the croud") e a defesa do policial por G.K. Chesterton em
The Defender.