"The Thief of Bagdad" (Michael Powell, Ludwig Berger, Tim Whelan, Zoltan Korda, 1940) e o "fantasy film" no contexto da Guerra
13 Outubro 2015, 16:00 • Mário Jorge Torres Silva
Breve introdução ao universo complexo de Michael Powell e de Emeric Pressburger: Powell sem Pressburger; a negação de uma lógica narrativa primária, privilegiando uma imaginação visual transbordante e uma intensa paleta cromática; a conjugação da contenção inglesa do thriller com o decorativismo finissecular do Império Austro-Húngaro. criando uma visualidade radicalmente nova; o cinema como espectáculo e a sua posterior influência em Martin Scorsese, Francis Ford Coppola ou Steven Spielberg.
Conclusão do visionamento com entado de The Thief of Bagdad (Michael Powell, Ludwig Berger, Tim Whelan, Zoltan Korda, 1940): a aproximação do universo da animação e sobretudo dos mecanismos representativos das produções Walt Disney; a influência diecta nas produções exóticas da Universal, no pós-guerra, nomeadamente instrumentalizando Sabu como intérprete paradigmático; rigor e a modernidade dos efeitos especiais; a inscrição de pausas lúdicas na narrativa, assumindo a sua função escapista no auge dos bombardeamentos; as vinhetas exóticas e a sua autonomização do conjunto. nunca rejeitando por inteiro uma visão de conjunto que transforma o exotismo em marca de universalidade, em tempos de conflito interracial e intercultural; a paragem da produção britânica e a conclusão do filme, por motivos logísticos, em Hollywood; a importância do filme como emblema de resistência artística, uma das bases do seu gigantesco sucesso comercial..