Gus Van Sant, "Paranoid Park" (2007)

6 Dezembro 2018, 10:00 Fernando Guerreiro

1. um "cinema-poesia" (V, Sklovsky): da pintura bidimensional ("Elephant") a uma pintura matérica, de texturas ("Paranoid Park"); a "imagem-palimpsesto" (=cristal); 2. o plano da Enunciação: de onde vêm as imagens dos skaters?; qual o seu grão/ matéria?; subjectivas ou objectivas?; a indeterminação/ imponderabilização do real/ imagens  pelo efeito de "slow motion", o uso do Grande-plano, do processo da repetição (replay/ delay) ou da atmosfera (electrónica) sonora; 3. Uma estrutura narrativa não-linear/ cronológica (Blake Nelson) mas "baralhada" ou estruturada pelo "vazio"; carácter originário da "morte" e da "imagem-trauma" - efeitos de divisão do sujeito e do signo cinematográfico na cena do chuveiro ;4. da Literatura - plano do interior/ catarse - ao Cinema - o exterior/ plano do estético: 4.1. a deflacção da catarse: uma estética da "imanência"; a refundação do espaço-tempo; o "de fóra"; 4.2. um cinema "mental" (=poesia): o discurso "interior" do Real/ coisas (Pasolini).
* projecção do início do filme e de uma sequência de "Elephant" , também do autor.