Do "Nouveau Roman" aa "Marirenbad"

13 Novembro 2017, 16:00 Fernando Guerreiro

1. a "2ª modernidade" do pós-guerra em França (1945/ 1959): dos momentos: na Literatura, o "Nouveau Roman", no Cinema, a "Nouvelle Vague".
2. uma nova concepção de cinema: a "caméra-stylo" de Alexandre Astruc (1948): uma forma mais directa, instrumental de cinema como "caligrafia"= escrita das emoções e do pensamento (o exemplo de "Citizen kane" de Orson Welles).
3. O "Nouveau Roman": um "novo realismo" (Robbe-Grillet)? "Criação" e não "reprodução" ("representação") do real. 3.1. uma "école du regard" (R. Barthes): literatura óptica, objectiva, realismo míope (do "pormenor"); uma estética das "superfícies"; "exterioridade das coisas" (vs) sua "interpretação"="significação ; 3.2. centralidade da "descrição": óptica, total e exaustiva; mais "horizontal" (sintagmática)> vector do Espaço ("elástico", em "plano sequência", semelhante ao do cinema) do que "vertical" (paradigmática) > vector do Tempo (profundidade) ; fragmentação/ descontinuidade  do "pormenor" (vs) articulação narrativa; literalidade (denotação) não "conotação" (crítica da Metáfora); crítica da lusão de "profundidade" (psicológica, temporal) e da categoria de "personagem" (indivíduo como "número"= "matrícula");  estética da "decepção" (Robbe-Grillet) e crítica da Mimese (desconstrução da noção de Representação); autorefencialidade (o "novo real é o da forma") = noção de "escrita".
* projecção da CM "Le Chant de Styrène" de A. Resnais (1958), com texto (poema) de Raymond Queneau
Bibliografia: entrevista de Resnais/ Robbe-Grillet aos Cahiers du Cinéma e texto de Barthes (Littérature objective") na pasta da cadeira
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