A estética do "acidente" em Cortazar/ Godard
23 Novembro 2016, 14:00 • Fernando Guerreiro
1. a estética do "acidente" na contemporaneidade: Warhol, Ballard, Virilio;
2. Julio Cortazar, "Autoestrada do Sul" (1965): uma ficção-amálgama; 2.1. plano do género: intersecção e miscigenação (pós-moderna) com outras artes: o cinema e o teatro (o teatro pânico de Arrabal, "O Cemitério de automóveis", 1958); 2.2 plano narrativo: simultaneidade paratáctica de micronarrativas, justapostas mais por processos de "colagem" do que de "montagem" e encadeando-se segundo a lógica alatória da teoria do "caos"; 2.3. plano do discurso: o conto como "travelling-instalação", forma de encaixe de acções e acidentes: a "paragem" como crise de representação - efeitos de desfamiliarização e estranhamento; 2.4 a Descrição (míope,exaustiva, repetitiva, extática) no lugar da acção (da Imagem-movimento à Imagem-tempo (Deleuze)); 2.5. utopia das novas formas de sociabilidade: nostaigia do regresso à natureza (primitivismo).
* projecção de uma sequência de "Crash" de David Cronenberg
Bibliografia: páginas de Arrabal e artº de Júlia Moreno Silva Costa na pasta da cadeira