O capital cultural e o poder simbólico

18 Março 2016, 08:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

As obras de Pierre Bourdieu e o estudo das relações complexas e intrínsecas entre a luta pelo poder social e o uso de produtos culturais.

L’Amour de l’art: Les Musées d’art Européens et leur public (1966): a classificação dos visitantes dos museus segundo parâmetros educacionais e de classe. A relação das classes trabalhadores com os museus e a arte. A alienação, o antagonismo e a rejeição, particularmente, da arte moderna. A falta dos códigos culturais adequados para avaliar e analisar a(s) arte(s) moderna(s). Um exemplo paradigmático: as propostas artísticas da pós-modernidade. A distinção entre ‘bom gosto’ e ‘gosto vulgar’ e a legitimação da distinção de classes.

A ambivalência nas abordagens contemporâneas do estudo da Cultura: o equilíbrio entre o estudo das estruturas e dos modos de agir individuais, mas interdependentes.

Bourdieu e a metáfora do capital cultural: a habilidade para ler e entender os códigos culturais e a sua distribuição desigual na sociedade.

O benefício de legitimação do capital cultural na batalha pelo poder simbólico.

As distinções entre o ‘bom’ gosto e o gosto ‘vulgar’ e as funções implícitas e indiretas desses juízos estéticos: o fortalecimento da divisão social e da autoridade da classe dominante em termos culturais.

A análise do benefício de legitimação do capital cultural na batalha pelo poder simbólico presente na obra Distinction de Pierre Bourdieu.

A visão da cultura como um conjunto variados de modos de atuar e produzir, mas também de rituais culturais adequados às estratégias impostas nas diferentes situações sociais.

Pierre Bourdieu e as lutas pelo poder simbólico: a distribuição desigual do ‘capital simbólico’ na sociedade. Um caso paradigmático: a história de Teri Horton e o documentário Quem é afinal Jackson Pollock?

 

Bibliografia:

BORDIEU, Pierre & DARBEL, Alain (1969): L’amour de l’art: les musées d’art européens et leur public (Paris: Minuit).

BORDIEU, Pierre (2010):  A distinção: uma crítica social da faculdade do juízo (Lisboa: Edições 70).