Eros e Beleza no Banquete e no Fedro
7 Março 2016, 14:00 • Adriana Veríssimo Serrão
Passos argumentativos do Banquete:
- eros como desejo, posse e procriação na Beleza
A ascensão dialéctica do sensível ao inteligível ou a pedagogia pelo amor.
- Da escala gradual (ordem exacta) à visão súbita (intuitiva) (210 e): a Beleza como Ideia
Questão: é preferível ser amante ou ser amado?
- A dialéctica do amante e do amado (discurso de Alcibíades), Banquete 215 a e ss.
A revelação da Beleza no Fedro
- 1º discurso de Sócrates (237 a – 243 e) - Retomação das teses do Banquete
- 2º discurso de Sócrates (244 – 247 e): - eros como mania
- 245c e ss: a natureza heterogénea e tensional da alma. A imagem mítica da atrelagem:
- Eros entre elevação e queda. O delírio depende do reconhecimento: a explicação pela reminiscência
- 250 b – 252: a revelação da Beleza como Luz e o privilégio da Beleza
253 c- 257 b: as alternativas do amor: Pode o desejo cessar?
Diálogos esotéricos e exotéricos de Platão.
BELO E BEM
República VI, 509 b-c: “Logo, para os objectos do conhecimento, dirás que não só a possibilidade de serem conhecidos lhes é proporcionada pelo Bem, como também é por ele que o ser e a essência lhes são adicionados, apesar de o Bem não ser uma essência, mas estar acima e para além da essência (ousia) pela sua dignidade e poder [potência/ dunamis].
Fedro 250 b – 252: “É certo que a Justiça, a Sabedoria, tudo o que há ainda de precioso para as almas não possuem nenhuma luminosidade nas imagens deste mundo […] Mas a Beleza era resplandecente, nesse tempo em que, unidos a um coração afortunado, esses tinham como espectáculo a beatífica visão […],
Só a Beleza obteve esse privilégio de poder ser o que é mais evidente e cujo encanto é o mais amável.”
Filebo 64 e: “A essência do Bem refugiou-se na natureza do Belo, porque a medida e a proporção realizam em toda a parte a beleza e a virtude.”
Leituras:
A ascensão à Beleza em Luís de Camões, Redondilhas de Babel e Sião
[Lysis]
Warner Jaeger, Paideia
PRÓXIMA AULA: ARISTÓTELES, Poética