Análise do 2.º momento da Analítica do Belo §§ 6-9

9 Maio 2018, 14:00 Adriana Veríssimo Serrão

Análise do 2.º momento da Analítica do Belo §§ 6-9

 

- “Belo é o que agrada (apraz) universalmente sem conceito.” §9

 

-- Distinção entre juízo determinante e reflexionante (Introdução IV)

 

-- A forma como condição do objecto.

 

O momento da universalidade (§6-9) identifica o princípio a priori da con­tem­plação como um acto de ajuizamento (Beurteilung) da faculdade de julgar no seu uso re­fle­xio­nante.

Juízo (Urteil)

A experiência singular tem como condição da sua possibilidade a uni­ver­sa­li­dade das condições subjectivas da reflexão em geral: o acordo da imaginação e do en­ten­di­mento.

O conceito de “livre jogo”.

§ 6: “ele falará … do belo como se a beleza fosse uma qualidade do objecto…”

§ 7: “ele não julga simplesmente por si, mas por qualquer um, e neste caso fala da beleza como se ela fosse uma propriedade das coisas.

 

§ 8: a comunicabilidade universal do juízo estético: “validade universal subjectiva”; “validade comum”, “voz universal”.

 

A subjec­ti­vi­dade universal estética é o fun­damento da comunicabilidade do es­ta­do do ânimo. Estabelecida fica a diferença entre o plano da génese, a ordem tem­po­ral da vivência – con­tem­­plação, prazer sentido e o juízo proferido –, e o plano da origem ou a ordem transcendental – a pre­ce­dência das condições a priori da reflexão sobre o prazer.

A tensão entre individualidade e comunicabilidade que David Hume resolvia no plano dos con­sensos a posteriori e fixava em modelos objectivos (normas do gosto artístico) tem, para Kant, uma solução transcendental.

Singular pela vivência, o sentimento do belo repousa na "inteira esfera dos sujeitos que julgam".

 

A vivência estética individual não conduzirá ao egoísmo, ao isolamento de cada um na sua esfera privada. Testemunho pro­ferido e de­cla­ração pública de um acto pes­soal, sempre um juízo singular, o gosto é ao mesmo tempo um modo de estar em co­mum e fun­da uma maneira alar­­gada de ver o mundo em que os juízos podem ser con­fron­tados e dis­cu­tidos num es­paço de au­to­nomia par­tilhada e de liberdade conjunta (§§ 40 e 57).

 

 

Faculdade de julgar e sentimento no sistema das faculdades (Introdução, IX).

 

 

Conjunto das facul­da­des do ânimo

Faculdades de

co­nhecer

Princípios

a priori

Aplicação a

Faculdade de conhecer

Entendimento

Conformidade a leis

Natureza

Sentimento de prazer e desprazer

Faculdade de julgar

Conformidade a fins

Arte

Faculdade de desejar

Razão

Fim final

Liberdade