Sumários
AULA DE 30 de MAIO
30 Maio 2018, 14:17 • Adriana Veríssimo Serrão
MERLEAU-PONTY E PAUL KLEE: FENOMENOLOGIA E ONTOLOGIA DA EXPRESSÃO ARTÍSTICA.
A ARTE COMO VISÃO EXEMPLAR E LINGUAGEM ORIGINÁRIA.
- Maurice Merleau-Ponty, O Olho e o Espírito, Lisboa, Vega, 2015; L’Oeil et l’Esprit, Paris, Gallimard, 1964.
- Paul Klee, Escritos sobre arte, Teoria da Arte Moderna,1964 (anos 20 ss do século XX)
1. Conceito de fenomenologia: Kant, Hegel, Georg Simmel; a escola fenomenológica: Edmund Husserl: descrição de processos da consciência.
- Merleau-Ponty: recolocar o pensamento no ser: fenomenologia e ontologia.
- Estrutura de O Olho e o Espírito/ L’Oeil et l’Esprit.
I. Crítica da ciência /do cientismo/.
II.A pintura como via privilegiada de acesso ao ser do mundo.
III. A mecanização da visão: a Dióptrica de Descartes. A planificação do mundo na perspectiva artificialis.
IV. A reivindicação de autonomia pela pintura moderna: a profundidade do mundo; Cézanne, Rodin, Matisse, Klee, Giacometti…
V. Pintura como decifração do visível/invisível do mundo: um processo infinito.
2. Recuperação da consciência natural e recuperação do ser do mundo.
-- “A ciência manipula as coisas e renuncia a habitá-las.” (OE, I, pp. 9 da trad. fr.)
Crítica da ciência (a filosofia das ciências actual), da técnica e do cientismo:
- um pensamento construtivo e operatório;
- absolutização do conhecimento;
- ideologia cibernética: criações humanas segundo o modelo das máquinas de informação.
- Crítica do historicismo: redução do presente ao passado.
- Crítica da cultura erudita: suspensão das mediações e das conceptualizações.
2. O imediato e pré-reflexivo na experiência do mundo.
- Recolocar o pensamento no ser: ontologia e tomar a experiência do mundo como experiência do (meu) corpo no mundo.
- Mundo não é um objecto à nossa frente: o “há (il y a), “o solo do mundo sensível e do mundo operado”, “tal como são na nossa vida, para o nosso corpo… esse corpo actual que chamo meu, a sentinela que se mantém silenciosamente sob as minhas palavras e sob os meus actos.” (12-13)
Noção de fenómeno: aparecer do ser, superação das antinomias e dualismos
Busca do originário / Descrição de experiências vividas / de encontro e enraizamento no ser.
3. A reversibilidade de corpo e mundo.
- Para além do conhecimento e da acção: “… a arte e nomeadamente a pintura sondam nessa toalha de sentido bruto de que o activismo nada quer saber. São mesmo as únicas a fazê-lo com inteira inocência. … O pintor é o único a ter direito de olhar para todas as coisas sem nenhum dever de apreciação. (p.14)
- “É emprestando o seu corpo ao mundo que o pintor muda o mundo em pintura” (p.16).
- Contra o mundo-quadro à distância: a reversibilidade: o avesso/direito / de visível e invisível/ do ser
- O corpo como vidente/visível.
“Imerso no mundo pelo seu corpo, ele mesmo visível, o vidente não apropria a si aquilo que vê: apenas se aproxima dele pelo olhar, abre sobre o mundo. E, por sua vez, este mundo, de que ele faz parte, não é em si ou matéria. … É o seguimento natural e a maturação da visão…. (18)
O enigma consiste nisto, em ser vidente e visível. Ele que olha todas as coisas, pode também olhar-se, e reconhecer então naquilo que vê o “outro lado” da sua potência vidente. Ele vê-se vendo, toca-se tocando, é visível e sensível para si-mesmo.” (18).
4. A Pintura como visão exemplar
Cézanne: “a natureza está no interior” (22)
“Qualidade, luz, cor, profundidade, que estão lá à nossa frente, só lá estão porque despertam um eco no nosso corpo, porque ele as acolhe.”
A pintura não é imagem (duplo ou representação): “o olho vê o mundo e o que falta ao mundo para ser ele-mesmo…” (24).
“… o pintor, enquanto está a pintar, pratica uma teoria mágica da visão”
“É a montanha ela mesma que, de lá, se faz ver pelo pintor, é ela que ele interroga com o olhar.” (28).
“A visão do pintor é um nascimento contínuo.” “Este olhar pré-humano é o emblema do pintor.” (32).
- A visão é pensamento (41).
- Tensão entre a bidimensionalidade do quadro e a terceira dimensão (a profundidade) (45).
Cézanne “pensa em pintura” (60).
5. A reivindicação de autonomia pela pintura moderna: a profundidade do mundo; Cézanne, Rodin, Matisse, Klee, Giacometti…
Não ilusionista nem mimética, a arte moderna adquire significado metafísico. Sondar e revelar o enigma do mundo (61 e ss.)
Tal como, segundo Apollinaire, as frases num poema não parecem ter sido criadas, parecem ter-se formado.” (69)
O princípio da génese do visível: Tal como, segundo Klee, a arte não imita o visível, ela ‘torna visível’ (74).
“A visão é o encontro, como num cruzamento, de todos os aspectos do ser.” (86).
Paul Klee, Escritos sobre arte, Teoria da Arte Moderna,1964. (anos 20 ss do século XX).
Citações referem-se à edição francesa Théorie de l’art moderne, Paris, Denoël, 1985.
Pädagogisches Skizzenbuch (Esboços Pedagógicos) (1925).
Das bildnerische Denken (O pensamento formativo), 1956 (póstumo).
O artista e a génese da criação
A parábola da árvore: raízes – tronco - ramos
o artista, intermediário entre natureza (raízes) e arte (ramos) (pp. 16-17).
A posição modesta do artista, a seiva passa por ele.
Concepção orgânica da natureza:
Goethe e as formas viventes; natura naturans (28)
“O diálogo com a natureza é para o artista uma condição sine qua non.
O artista é homem; ele próprio natureza, pedaço de natureza no ar da natureza.” (43)
“Criação” como movimento contínuo; a “génese como continuada duração” (29) .
Arte moderna e “arte infantil”
O espanto sempre renovado.
- a espontaneidade, a inocência, a imediatidade.
Como reencontrar o traço de uma infância perdida?
Os caminhos da criação
“É preciso voltar a subir do modelo à matriz” (30)
O credo do criador : “A arte não reproduz o visível, torna visível.” 34ss)
“A obra é em primeiro lugar génese, nascimento”
“A criação vive como génese sobre a superfície visível que envolve a obra.”
Primado do acto sobre o resultado.
Superação do impressionismo e do formalismo (pura construção).
O caos cosmológico e o ponto cinzento (51 ss)
p. 56: o entre.
A gramática dos elementos formais:
ponto, linha, tonalidades, cor (p. 19).
“Ponto: elemento de base, centro de toda coisa.”
- A formação como movimento, ou a forma em devir:
o equilíbrio entre estático e dinâmico; entre repouso e tensão.
- Linha, o ponto em movimento formado pelo traço:
a tensão linha activa/passiva: da tensão entre dois pontos resulta a linha.
- Tonalidades (tom: claro/escuro); o tom indicando proximidade/afastamento.
- Cor: é qualidade, e densidade. O sistema das cores.
Bibliografia
– Maria Luísa Carlos, A visão como sentir exemplar. Diálogos com Merleau‑Ponty, Mestrado em Estética e Filosofia da Arte, FLUL, 2008.
– Ana Mantero, O traço da infância. Diálogos com Paul Klee, Mestrado em Estética e Filosofia da Arte, FLUL 2000.
ENTREGA DE TODOS OS TRABALHOS ESCRITOS
Até Dia 4 de Junho – até às 17h (no Depart. Filosofia, D. Isabel Varela).
OS ALUNOS DEVERÃO TRAZER PARA A ORAL OS TRABALHOS JÁ CLASSIFICADOS.
OS ALUNOS QUE O NÃO FIZERAM DEVERÃO INSCREVER-SE NO DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA.
Hegel: a historicidade da arte.
23 Maio 2018, 14:00 • Adriana Veríssimo Serrão
Hegel: a historicidade da arte. A arte como manifestação sensível do absoluto. O primado da beleza artística. Linguagem poética e pensar filosófico.
Hegel, Vorlesungen über die Ästhetik / Lições de Estética (Berlin 1820-1829); Estética: texto de trabalho: Introdução, trad. port., Lisboa: Guimarães, 1952-1964.
*I. A concepção objectiva da Arte
-- A Estética como filosofia da Arte ou Ciência do Belo artístico com exclusão do belo natural (pp.2-3).
“Só o espiritual é verdadeiro”: o belo como criação do espírito (superioridade do belo artístico em relação ao natural). A arte como uma manifestação do espírito (p. 5)
O ponto de partida da Estética / refutação dos argumentos contra uma Ciência da Arte
a) a ideia de Belo (Platão: começar pela ideia, e não pelo múltiplo) (pp.6-9)
b) possibilidade de uma ciência da arte: a essência do espírito é o pensamento (9 ss).
c) arte não é aparência mas manifestação (11 ss)
A arte como manifestação (sensível) do absoluto.
Arte (sensibilidade) – Religião (intuição e sentimento) – Filosofia (conceito)
Arte e religião não se compreendem a si mesmas: o ponto de vista da Filosofia.
Enciclopédia do Saber Absoluto: Filosofia da Arte, Filosofia da Religião, e Filosofia da Filosofia.
*II Ideias correntes sobre a natureza da Arte (imitação da natureza; despertar da alma; função moralizadora).
*Plano Geral da Obra (final da Introdução)
- Arte: a) unidade de conteúdo (ideia) numa forma (sensível);
b) conteúdo concreto;
c) figura sensível individual.
- Historicidade da Arte ou do Espírito na Arte: processo da consciência de si do Absoluto.
Lógica imanente à historicidade artística: a arte busca o seu ideal.
“Uma obra de arte é tanto mais perfeita quanto o seu conteúdo e a sua ideia correspondem a uma verdade mais profunda.” p. 145 da trad. fr.
A tensão entre conteúdo (espiritual) e forma (sensível)
O movimento dialéctico: afirmação/ negação/ negação da negação.
O Espírito na História: as grandes épocas
Épocas |
ORIENTAL |
CLÁSSICA |
ROMÂNTICA |
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Arte simbólica |
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Religião (natural) |
Filosofia grega |
Cristianismo |
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Género artístico predominante |
Arquitectura |
Escultura |
Pintura Música Poesia |
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Desmesura do conteúdo sobre a forma sensível |
Adequação perfeita entre conteúdo e forma |
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Sublime (informe) Os colossos matérico |
Realização máxima da beleza na figura humana
A morte da arte |
Nenhuma forma sensível é adequada ao conteúdo religioso Infinitude Experiência da interioridade |
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Da palavra ao Conceito Linguagem poética e pensar filosófico. |
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Filosofia especulativa |
A morte da Arte
“As estátuas são agora cadáveres que a sua alma viva abandonou; os hinos tornaram-se palavras dos quais a fé se retirou. A mesa dos deuses está agora sem alimento espiritual nem bebida, e depois de jogos e festas a consciência já não encontra a experiência feliz da sua unidade com a própria essência … Assim, quando o destino nos oferece estas obras não nos dá o seu mundo, a primavera da vida cultural que as viu florir, o verão que as viu amadurecer, mas tão-só a lembrança velada da sua realidade.
Quando as apreciamos … trata-se de uma actividade que permanece totalmente exterior … ela não acede à interioridade da realidade cultural que produziu as obras e que lhes insuflou espírito; ela monta uma construção complicada a partir de elementos mortos da sua existência exterior, da sua língua, da sua história, etc. Nós não vivemos nelas, apenas as representamos em nós.”
Hegel, Fenomenologia do Espírito, ed. Hoffmeister, p. 523.
Estética, pp. 16-17 da trad. fr.
Analítica do Sublime
16 Maio 2018, 14:00 • Adriana Veríssimo Serrão
Analítica do Sublime
(Textos recomendados: sobretudo: §§23, 25, 26)
Belo e Sublime: Duas experiências estéticas: §§23
Semelhanças e diferenças do modo da relação entre sujeito e objecto §23.
Forma (limite) e ausência de forma (Ilimitação, totalidade…)
O ponto de bifurcação da capacidade de sentir emerge neste desajustamento entre limite, reconhecível e identificável, e ausência de forma, por excessiva e inapreensível.
Prazer / prazer negativo
Duas modalidades do informe/excedência
- o sublime da quantidade (matemático): grandeza (excessiva): o absolutamente- grande;
- o sublime da força (dinâmico), potência, dinamismo: o absolutamente-potente.
A dupla orientação da estética kantiana em belo e sublime assenta na diferença entre duas dinâmicas anímicas. Numa, a harmonia da imaginação e do entendimento acompanhada do sentimento de prazer persiste durante todo o tempo da contemplação, proporcionando o equilíbrio e a pacificação; na outra, o esforço da imaginação para apreender, na unidade de uma intuição, a ilimitação e excessividade, esforço esse, que votado ao fracasso, produz um conflito entre atracção e repulsão pelo objecto (a manifestação informe), que coloca o sujeito na instabilidade entre contracção e expansão das suas forças vitais.
A dinâmica das faculdades
§ 25, 26
a) o esforço e a derrota da imaginação: o sentimento de desprazer.
b) a intervenção do pensamento do infinito: sentimento estético e sentimento moral
A razão intervém para preencher o vazio de esquemas com ideias e esclarecer o verdadeiro sentido do desprazer (Unlust).
Não se deve chamar sublime à grandeza, mas ao "que é absolutamente grande";
c) a tensão entre força, poder, resistência
não se deve chamar sublime à força a que ainda oferecemos resistência, mas à "força (Macht) que não tem poder (Gewalt) sobre nós" (§25, §28),
"o sublime da natureza é uma expressão imprópria e [...] só deve ser atribuído com propriedade à maneira de pensar, ou melhor, ao seu fundamento na natureza humana." §30
d) sublime estético e natureza humana: a dupla natureza – sensível (finita) e moral (infinita) do ser humano.
-- “O céu estrelado e a lei moral”
Leituras recomendadas
Ana Anahory, “Leituras do Sublime… Derrida … Lyotard, Philosophica ??
Raoul Marian, “A descoberta do númeno? Um paradoxo na Estética kantiana”, Philosophica 48.
Hugo Assis, “O sublime de Kant. Um estarrecimento perante o inefável”, Philosophica 50
Próximas aulas
Merleau-Ponty e Paul Klee: fenomenologia e ontologia da expressão artística. A arte como visão exemplar e linguagem originária.
Merleau-Ponty, O Olho e o Espírito / L’Oeil et l’Esprit
Paul Klee, Teoria da Arte Moderna.
ENTREGA DE TODOS OS TRABALHOS ESCRITOS
Até Dia 4 de Junho – até às 17h (no Depart. Filosofia, D. Isabel Varela).
Análise do 2.º momento da Analítica do Belo §§ 6-9
9 Maio 2018, 14:00 • Adriana Veríssimo Serrão
Análise do 2.º momento da Analítica do Belo §§ 6-9
- “Belo é o que agrada (apraz) universalmente sem conceito.” §9
-- Distinção entre juízo determinante e reflexionante (Introdução IV)
-- A forma como condição do objecto.
O momento da universalidade (§6-9) identifica o princípio a priori da contemplação como um acto de ajuizamento (Beurteilung) da faculdade de julgar no seu uso reflexionante.
Juízo (Urteil)
A experiência singular tem como condição da sua possibilidade a universalidade das condições subjectivas da reflexão em geral: o acordo da imaginação e do entendimento.
O conceito de “livre jogo”.
§ 6: “ele falará … do belo como se a beleza fosse uma qualidade do objecto…”
§ 7: “ele não julga simplesmente por si, mas por qualquer um, e neste caso fala da beleza como se ela fosse uma propriedade das coisas.
§ 8: a comunicabilidade universal do juízo estético: “validade universal subjectiva”; “validade comum”, “voz universal”.
A subjectividade universal estética é o fundamento da comunicabilidade do estado do ânimo. Estabelecida fica a diferença entre o plano da génese, a ordem temporal da vivência – contemplação, prazer sentido e o juízo proferido –, e o plano da origem ou a ordem transcendental – a precedência das condições a priori da reflexão sobre o prazer.
A tensão entre individualidade e comunicabilidade que David Hume resolvia no plano dos consensos a posteriori e fixava em modelos objectivos (normas do gosto artístico) tem, para Kant, uma solução transcendental.
Singular pela vivência, o sentimento do belo repousa na "inteira esfera dos sujeitos que julgam".
A vivência estética individual não conduzirá ao egoísmo, ao isolamento de cada um na sua esfera privada. Testemunho proferido e declaração pública de um acto pessoal, sempre um juízo singular, o gosto é ao mesmo tempo um modo de estar em comum e funda uma maneira alargada de ver o mundo em que os juízos podem ser confrontados e discutidos num espaço de autonomia partilhada e de liberdade conjunta (§§ 40 e 57).
Faculdade de julgar e sentimento no sistema das faculdades (Introdução, IX).
Conjunto das faculdades do ânimo |
Faculdades de conhecer |
Princípios a priori |
Aplicação a |
Faculdade de conhecer |
Entendimento |
Conformidade a leis |
Natureza |
Sentimento de prazer e desprazer |
Faculdade de julgar |
Conformidade a fins |
Arte |
Faculdade de desejar |
Razão |
Fim final |
Liberdade |
Uma analítica do juízo de gosto puro / a estrutura da Analítica do Belo
2 Maio 2018, 14:00 • Adriana Veríssimo Serrão
Uma analítica do juízo de gosto puro / a estrutura da Analítica do Belo
Análise do 1.º momento da Analítica do Belo (§§ 1-5)
A autonomia da experiência estética. Gosto e sentimento.
Aliança (síntese) entre sentimento e juízo.
“Para distinguir se algo é belo ou não, nós não referimos a representação ao objecto por meio do entendimento, tendo em vista o conhecimento, mas referimo‑la por meio da imaginação (talvez ligada ao entendimento) ao sujeito e ao sentimento de prazer e desprazer deste. O juízo de gosto não é, portanto, um juízo de conhecimento; por consequência, não é lógico, mas estético, pelo qual entendemos aquilo cujo fundamento de determinação não pode ser senão subjectivo.” (KU, §1).
-- O modo estético do sentimento: O sentimento (estético) é o “modo como o sujeito se sente afectado pela representação” (§1).
-- O conceito de desinteresse /ausência de interesse/; distinção entre belo, agradável, bom e útil. §§ 2-5
- Liberdade e desinteresse
“Vê‑se facilmente que para dizer belo um objecto […] o que importa é o que eu descubro em mim em relação a essa representação e não aquilo pelo qual dependo da existência do objecto.” (KU, §3).
- Uma fenomenologia da experiência estética: Contemplação, prazer e juízo (reflexionante).
Leituras recomendadas
Leonel Ribeiro dos Santos, “A Concepção Kantiana Da Experiência Estética: Novidades, Tensões E Equilíbrios”, in Idem, Regresso a Kant. Ética, Estética, Filosofia Política. Lisboa: INCM, 2012, pp.301-348.
— A razão sensível. Estudos kantianos. Lisboa, Colibri, 1994 (“O estatuto da sensibilidade no pensamento kantiano”; “Lógica e poética do pensamento sensível; “Sentimento do sublime e vivência moral”).
— "Kant e o regresso à Natureza como paradigma estético", in Cristina Beckert (coord.), Natureza e Ambiente. Representações na cultura portuguesa. Lisboa, Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2001.
— "Kant e a ideia de uma poética da natureza", Philosophica 29 (2007), 19-33.
Adriana V. Serrão, A razão estética. O conceito de alargamento do pensar na Crítica da Faculdade de Julgar de Kant (diss. Mestrado, FLUL), 1985.
— Pensar a Sensibilidade: Baumgarten – Kant – Feuerbach, Lisboa, Centro de Filosofia da UL, 2007.
Manuel José do Carmo Ferreira, "O prazer como expressão do absoluto em Kant. No 2.º centenário da Crítica do Juízo", in Pensar a Cultura Portuguesa. Homenagem ao Prof. Doutor Francisco da Gama Caeiro, Ed. Colibri/ Dep. Filosofia da FLUL, 1993, 391‑402.